"As novas fronteiras"
 
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"As novas fronteiras"

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San Payo AraújoSabemos que vivemos tempos difíceis, sabemos que os recursos são cada vez mais escassos, mas nunca poderá ser a partir de uma lógica economicista que deveremos ir à procura das “novas fronteiras”.

Se devemos ir à procura de uma nova organização geográfica e administrativa do basquetebol, a solução terá sempre de passar pela seguinte equação:

- Como é que, com os mesmos recursos poderemos obter melhores resultados, expressos em mais clubes, mais praticantes, mais prática e conquista de mais apoios contribuindo para o desenvolvimento do basquetebol.

Já por diversas vezes ouvi falar em reduzir Associações, juntado dois ou mais distritos dentro da mesma Associação. Esta é uma lógica economicista, que na sua essência não abandona a noção de distrito e da qual já temos provas, que em nada contribui para o crescimento do basquetebol. Há uma Associação, que agrupa 3 distritos que ocupam perto de 30% do território de Portugal continental, a Associação de Basquetebol do Alentejo. Para termos a clara noção, do que este facto representa dou um exemplo, se por acaso surgisse um clube no concelho de Niza e em simultâneo ressurgisse basquetebol no concelho de Odemira, estas duas equipas da mesma Associação teriam de se deslocar 682 Kms, percurso de ida e volta, para se defrontarem. Por outras palavras, em termos de distâncias, isto corresponderia a juntarmos os clubes da Associação de Basquetebol de Lisboa e do Porto na mesma Associação. 

Mas este não é o único problema da organização das Associações em torno no conceito de distrito. Já alguma vez pensaram, porque é que as Associações dos maiores centros metropolitanos do país Lisboa, (16 concelhos), e Porto (18 concelhos) tem tido dificuldade expandir e fixar o basquetebol nas autarquias mais afastadas da sua área metropolitana, como por exemplo Arruda dos Vinhos (37 kms), Azambuja (52 kms),  Cadaval (95 kms), Lourinhã (86 kms) e Sobral de Monte Agraço (62 kms) no distrito de Lisboa e Amarante (60 kms), Baião (82kms), Marco de Canaveses (54 kms), Santo Tirso (30 kms) no distrito do Porto?

Para podermos comparar com as distâncias que poderão ser percorridas pelos clubes da Associação de Basquetebol do Alentejo coloquei entre parêntesis a distância a que estas vilas ou cidades ficam do centro das suas capitais de distrito.

Sei que a Associação de Basquetebol do Porto tem realizado ao longo dos anos um grande esforço, quer através de eventos como as “12 Horas de Minibásquete”, que vão percorrendo todos os concelhos do distrito, quer com outras iniciativas, para expandir a prática federada a todos os concelhos do seu distrito. Para além de muitos outros concelhos do distrito do Porto, onde maioritariamente a convite da Associação, já dirigi múltiplas acções e formação, dos quatro concelhos mencionados do distrito do Porto, só não fiz acções de formação em Amarante. No concelho de Baião chegou mesmo a surgir a prática do minibásquete na Associação Desportiva de Âncede, prática que apesar da muita boa vontade dos dirigentes do clube durou uns anos, mas já se extinguiu. A distância não foi a única causa, mas foi seguramente uma das razões que contribui para o desaparecimento da secção de basquetebol na Associação Desportiva Ancêde.

Ao longo de mais de uma década dedicada a esta causa já vi nascer alguns núcleos que se afirmaram e muitos que surgiram e se extinguiram. Avaliar e analisar as causas da extinção desses núcleos ajuda-nos a compreender a necessidade da reformulação das fronteiras da organização administrativa e geográfica do basquetebol.

 

Comentários 

 
+2 #5 Rui Pedro Nazário 30-11-2011 00:24
Reflexão interessante e importante. As Associações existem para os Clubes e porque existem Clubes. Importa pensar neste assunto e debater ideias...cautela na marcação do local para reunião, a sede da Associação pode ser um local longínquo para muitos.
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+1 #4 HUGO MARTINS 28-11-2011 14:17
Concordo com as palavras do San Payo e refiro um caso real:

Em Arruda dos Vinhos existe um polo de basket.... que praticam durante a semana , pagam para o fazerem, mas não estão inscritos na ABL , porque a logistica de ir aos jogos não é suportavel para o clube , nem para os pais destas crianças.......
É uma pena estas crianças não poderem jogar e participar nos convivios existentes......
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0 #3 CoachFernando 25-11-2011 11:52
Provavelmente a principal razão para a não existência de basquetebol nesses concelhos do distrito de Lisboa será a não existência de pessoas que queiram levar por diante esses projectos.

Relativamente ao Alentejo provavelmente não deveria ser a questão distrito a ser tida em conta mas antes a distância dos clubes à associação mais próxima.
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+1 #2 Nuno 23-11-2011 17:57
Com todo o seu tamanho a AB Alentejo tem no escalão S14 Masculino 5 equipas, 2 do distrito de Portalegre e 3 de Évora. Apesar da distância, é fácil perceber que para haver um mínimo de competição a AB tem mesmo de ser grande. Tomara que aparecesse Odemira e Moura e Mora e Arraiolos e Estremoz e Montemor e Beja e por aí fora e nesse caso dividir faria sentido.
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+4 #1 Ana Pinto 22-11-2011 12:32
Pela primeira vez estou num clube da AB Alentejo e admiro as pessoas que pertencem a esta associação há vários anos.
É uma constante luta para o basket não desaparecer e um esforço para garantir aos atletas vários expeiências, sendo por vezes complicadissímo transportar os mesmos aos vários jogos da comeptição regional.

Estes tempos difíceis tornam estas tarefas quase impossíveis, mas a ESPERANÇA é a última a morrer.
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