38 vitórias chegaram para que os Hawks conseguissem o apuramento para os playoffs na época passada. O objectivo para este ano mantem-se, mas com mais vitórias.
Foi o sétimo ano consecutivo em que o conjunto de Atlanta garantiu a passagem à fase decisiva da temporada, o que diz bem da consistência desportiva da equipa nos últimos anos. No entanto, o verão não correu lá muito bem para os Hawks que atravessam um dos momentos mais conturbados da sua história fora dos campos. O General Manager Danny Ferry afastou-se da equipa e está de licença sem vencimento depois dos comentários racistas que leu, supostamente de um scouting report, acerca de Luol Deng. Esses comentários levaram a uma investigação mais profunda à estrutura dos Hawks e aí foi encontrado um e-mail de um dos donos da equipa Bruce Levenson, também ele com conteúdos racistas e que davam conta da intenção de atrair mais público de raça branca aos jogos da equipa. Polémicas fora do campo aparte, os Hawks mantêm grande parte do plantel da época passada e com o regresso após lesão de Al Horford, ambicionam subir uns postos na classificação do Este. Horford e Paul Millsap formam uma das duplas de postes mais versáteis e atléticas da competição enquanto no exterior, os Hawks contam com a liderança do base Jeff Teague, uma das revelações da temporada passada e com a pontaria de Kyle Korver. Lou Williams que foi transferido para Toronto é a grande perda relativamente à época passada e poderá enfraquecer a equipa sobretudo do ponto de vista ofensivo. Mas por outro lado, espera-se uma clara melhoria da defesa com a chegada de Thabo Sefolosha dos Thunder.
A figura: Jeff Teague
O primeiro base da equipa foi a grande revelação dos Hawks na temporada passada ao assumir grande parte das responsabilidades que caíram sobre os seus ombros após a lesão de Al Horford. Os números da fase regular não foram brilhantes (16.5 PPJ e 6.7 APJ), mas nos playoffs Teague deu um passo em frente e assumiu-se claramente como o grande motor e a grande referência do conjunto (19.3 PPJ, 5 APJ e 3.7 RPJ). Apesar de partirem para o playoff no 8º lugar do Este e por isso mesmo, terem tido de enfrentar os 1º classificados, Indiana Pacers, tal não amedrontou os Hawks que brilhantemente comandados dentro do campo por Teague, chegaram a assustar os favoritos Pacers, que precisaram de 7 jogos para seguir em frente.
O treinador: Mke Budenholzer
Outro dos discípulos de Gregg Popovich, ao lado de quem trabalhou durante muitos anos nos San Antonio Spurs, Budenholzer deu na época passada o salto e assumiu um cargo de treinador principal. Não foi um ano fácil para Budenholzer que depois de um bom começo, viu a sua equipa cair a pique na segunda metade da época e apenas nos últimos jogos conseguiu garantir o último lugar de acesso ao playoff. Ainda assim, a boa prestação diante dos Pacers e os ajustes efectuados por Budenholzer durante essa série deixam antever um futuro melhor para esta equipa, assim consiga manter os seus principais atletas afastados das lesões.
Cinco inicial
Jeff Teague
Thabo Sefolosha
Kyle Korver
Paul Millsap
Al Horford
O joker: Al Horford
Horford não é propriamente um talento desconhecido prestes a despontar na competição, mas as lesões que o obrigaram a perder praticamente duas das suas sete temporadas enquanto profissional, deixam algumas dúvidas quanto à sua fiabilidade. Escolhido para o jogo All-Star por duas vezes, Horford é um power forward por excelência, mas que tem jogado praticamente toda a sua carreira na posição “5”. Mas independentemente do lugar que ocupa em campo e desde que foi escolhido na 3ª posição do draft de 2007, os Hawks não mais falharam a passagem aos playoffs, o que diz bem da sua importância e influência para o conjunto. E é por isso mesmo que os seus adeptos e responsáveis contam com o regresso de Horford ao seu melhor nível.
