Num fantástico artigo publicado pela revista “O Treinador” de Dezembro de 1994, já os seus autores (Carlos Calbet e Francisco Calbet), afirmavam claramente que o Basquetebol
é um desporto eminentemente explosivo. Assim, para estes autores “Dentro de cada fase do jogo, as acções que levam ao êxito dos jogadores são as explosivas, que se realizam com a máxima intensidade: velocidade de reação, pliométricos, agressividade (“stiffness”), acelerações; são elas que permitem a execução dos gestos técnicos de uma forma que os outros não são capazes de realizar, marcando a diferença perante uma qualidade técnica semelhante“.
Por conseguinte, se nos dermos ao cuidado de analisar com cuidado a maior parte dos exercícios standard propostos para o treino da nossa modalidade, facilmente concluímos que estes, oferecem fisiologicamente mais possibilidades de treinar a resistência (mesmo que específica),do que as acções explosivas que fazem toda a diferença. Temos portanto, que inverter a matriz fisiológica da nossa metodologia. Como afirma Al Vermeil (ex preparador físico dos Chicago Bulls, hoje dono de uma empresa de assessoria técnica na área de treino físico), “ if you train slow, you be slow”. Para bom entendedor, meia palavra basta……
Uma boa semana para todos
Sebastião Mota
A VELOCIDADE
O objetivo do trabalho físico é melhorar a eficiência do treino e não fatigar os jogadores. é necessário, em primeiro lugar, velar por uma boa recuperação após os esforços realizados na competição. O basquetebol exige que a velocidade seja treinada prioritariamente antes de entrar num processo de fadiga provocado pelo trabalho aeróbio. Para o basquetebolista é determinante o tempo que leva a percorrer 10 metros, devendo por isso treinar-se os esforços explosivos. Propomos então, inverter a pirâmide de treino, partindo dos esforços explosivos para terminar nos esforços de resistência (fig.1). Como conclusão deste raciocínio, a força explosiva deve ser a base da preparação física e a resistência deve ser trabalhada em segundo lugar (Gilles Cometti 2002).
Fig.1 |
A velocidade, a força e a resistência são as três grandes componentes nas quais assenta o treino da condição física no basquetebol, e que se devem associar, de forma a obtermos uma base que nos permita alcançar um bom nível de performance desportiva. Estas componentes principais, são complementadas pelo treino da coordenação geral e específica e pelos alongamentos.
Pode ver o artigo completo "A velocidade" em pdf, aqui.
Para ler o artigo precisa de Adobe Reader. Pode fazer o download de programa aqui.
Comentários
Como o prometido é devido,cá estive atento para recepcionar o teu trabalho.
Também, como antes de ser já o ...era!, tive o cuidado de, em reunião com treinadores de formação na passada 5af,dos quais sou coordenador, lhes recomendar para ,às 2as feiras, visitarem o Planeta Basket, lerem, imprimirem e usarem os teus valiosos contributos, de reconhecida importância.
O mais completo desporto de equipa saberá agradecer-te.
Bem hajas.
Com consideração, um abraço.
Parabéns pela divulgação deste "desconhecido", quanto aos estiramentos recomendo vivamente a leitura dos documentos escritos aqui:
http://expertise-performance.u-bourgogne.fr/telechargement.htm#echauffement