Boa Viagem e CAB Madeira qualificaram-se ontem para a final da Taça Federação Costa Verde, competição criada esta época para os clubes da Liga Feminina. A 1ª edição da nova prova tem estado a decorrer no Pavilhão Municipal de Vagos desde a passada 6ª feira, numa organização da AD Vagos e da FPB, com o apoio da Porcelanas Costa Verde.Pelo caminho ficaram AD Vagos e Algés, afastados respectivamente pelos emblemas açoriano e madeirense. Numa breve retrospectiva já não é a primeira vez que os dois clubes se encontram em finais. Se a memória não nos falha, este é o 5º confronto: dois a contar para a Taça de Portugal, em 2006 (Trancoso) e em 2007 (Coimbra) e o terceiro em 2008 (Montijo), mas para a Taça Vítor Hugo. E o quarto, numa Supertaça realizada em 2006, na Madeira (Caniçal). Em todos eles, a vitória pendeu para o CAB Madeira. Será que a história se vai repetir? A ver vamos.
Na 1ª meia-final, entre Boa Viagem e AD Vagos, a formação de Angra, excepto o cesto inaugural da autoria de Ana Teixeira e uma igualdade (aos 7-7), esteve sempre no comando. Graças a uma boa selecção de lançamentos, nomeadamente no tiro exterior (3 triplos contra um do adversário), as pupilas de Marcos Couto rapidamente ganharam vantagem que ao cabo dos 10 minutos iniciais se cifrava em 8 pontos (19-11). A superioridade nas tabelas já se começava a desenhar, facto a que não era estranho a circunstância de Clarissa dos Santos estar no banco.
No 2º quarto a equipa de Nuno Ferreira reagiu como se impunha, muito por culpa do labor de Joana Lopes, um poço de força aliada à técnica, chegando a 29-27, mas as insulares embalaram de novo, com Chevon Keith e Shannon Howell a assumirem as despesas, na hora de lançar ao cesto. O intervalo chegou com o Boa Viagem a vencer por 41-29.
A entrada da poste brasileira Clarissa na equipa de Vagos, no minuto 24 (47-31) veio naturalmente dar outro poder e outros argumentos para jogar na área restritiva, mas ninguém conseguia parar Shannon Howell que chegava ao final do 3º período (60-45) já com 24 pontos na sua conta pessoal. Por seu turno a capacidade atlética de Chevon Keith, que viria a ser a MVP do encontro, dava nas vistas, mais em termos defensivos e na luta das tabelas.
No último quarto (18-19), curiosamente o único parcial ganho pelas vaguenses, a dupla americana ao serviço do Boa Viagem suportou a reacção do colectivo de Nuno Ferreira, que ainda conseguiu reduzir o prejuízo para 8 pontos (72-64), com 1 minuto e 28 segundos para jogar. Mas Shannon Howell continuava imparável fixando o resultado final (78-64), ao não tremer da linha de lance livre.
Nas vencedoras destaque para a dupla norte-americana: a MVP Chevon Keith (18 pontos, 6/7 nos lançamentos de campo, 14 ressaltos sendo 4 ofensivos, 4 assistências, 2 roubos e 6 faltas provocadas, com 5/7 nos lances livres) e Shannon Howell (32 pontos, 3 triplos, 3 ressaltos, duas assistências, 4 roubos e 9 faltas provocadas, falhando apenas 3 dos 16 lances livres tentados). A poste Ana Sousa que fez questão de alinhar mesmo em condições psicológicas adversas devido ao falecimento de um familiar próximo foi muito útil nas tabelas (8 pontos e 7 ressaltos), particularmente no duelo com Clarissa.
Na AD Vagos três nomes em evidência: Joana Lopes (18 pontos, 7 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e 5 faltas provocadas com 4/5 da linha de lance livre), Ana Teixeira (14 pontos, 10 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências e 3 roubos) e Clarissa Santos (13 pontos, 7 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência e 5 faltas provocadas, com 5/6 nos lances livres), em pouco mais de 16 minutos de utilização.
A segunda meia-final (Algés- CAB Madeira) foi um jogo mais pobre, embora também emotivo. Porque o equilíbrio foi uma constante só alterado no último quarto quando o CAB Madeira conseguiu ganhar uma vantagem de 9 pontos (48-57), após a ida para o banco, com 4 faltas, da poste algesina Sultra Harding, no minuto 32 (48-52). Percalço semelhante tinha acontecido às madeirenses, no 3º período (minuto 24), aquando da 4ª falta de Candice Champion, que viria a ser a MVP do jogo, com o resultado em 40-43 para a equipa insular. A diferença é que enquanto o colectivo de João Silva ainda dispunha de Kaitlin Sowinski para a luta na área pintada, o treinador do Algés, Carlos Barroca já não dispunha das mesmas armas. Assim se explica que o equilíbrio se manteve até ao final do 3º quarto (48-50), com as algesinas a acertarem os seus únicos dois triplos através de Catarina Coelho (45-47) e Joana Bernardeco (48-48).
Mas na arrancada das madeirenses para a vitória foi preponderante a acção da atiradora esquerdina Carla Freitas, com 3 bombas nos últimos 10 minutos. Terminou com 21 pontos, 4/10 nos triplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, 5 assistências, 5 roubos e 4 faltas provocadas). Formou com as norte-americanas Candice Champion, MVP da partida (22 pontos, 3/5 nos triplos, 8 ressaltos sendo 2 ofensivos, 1 desarme de lançamento e 8 faltas provocadas) e Kaitlin Sowinski (20 pontos, 9 ressaltos sendo 3 ofensivos, 1 roubo e 2 desarmes de lançamento) o triunvirato responsável pelo êxito insular.
Na equipa de Carlos Barroca a mais valiosa voltou a ser Charese Reed, que fez uma 1ª parte excepcional (20 pontos e 82% nos duplos). Acabou com 24 pontos, 10 ressaltos sendo 4 ofensivos, 3 roubos e duas faltas provocadas). Foi bem acompanhada pela poste Sultra Harding (12 pontos,12 ressaltos sendo 6 ofensivos e 3 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), enquanto Joana Fogaça (6 ressaltos, 6 assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas) sentiu dificuldades para travar Carla Freitas.
Resultados:
Boa Viagem 78-64 AD Vagos
Algés 55-68 CAB Madeira
A final (Boa Viagem-CAB Madeira) está marcada para hoje à tarde (16 horas).
Na 1ª meia-final, entre Boa Viagem e AD Vagos, a formação de Angra, excepto o cesto inaugural da autoria de Ana Teixeira e uma igualdade (aos 7-7), esteve sempre no comando. Graças a uma boa selecção de lançamentos, nomeadamente no tiro exterior (3 triplos contra um do adversário), as pupilas de Marcos Couto rapidamente ganharam vantagem que ao cabo dos 10 minutos iniciais se cifrava em 8 pontos (19-11). A superioridade nas tabelas já se começava a desenhar, facto a que não era estranho a circunstância de Clarissa dos Santos estar no banco.
No 2º quarto a equipa de Nuno Ferreira reagiu como se impunha, muito por culpa do labor de Joana Lopes, um poço de força aliada à técnica, chegando a 29-27, mas as insulares embalaram de novo, com Chevon Keith e Shannon Howell a assumirem as despesas, na hora de lançar ao cesto. O intervalo chegou com o Boa Viagem a vencer por 41-29.
A entrada da poste brasileira Clarissa na equipa de Vagos, no minuto 24 (47-31) veio naturalmente dar outro poder e outros argumentos para jogar na área restritiva, mas ninguém conseguia parar Shannon Howell que chegava ao final do 3º período (60-45) já com 24 pontos na sua conta pessoal. Por seu turno a capacidade atlética de Chevon Keith, que viria a ser a MVP do encontro, dava nas vistas, mais em termos defensivos e na luta das tabelas.
No último quarto (18-19), curiosamente o único parcial ganho pelas vaguenses, a dupla americana ao serviço do Boa Viagem suportou a reacção do colectivo de Nuno Ferreira, que ainda conseguiu reduzir o prejuízo para 8 pontos (72-64), com 1 minuto e 28 segundos para jogar. Mas Shannon Howell continuava imparável fixando o resultado final (78-64), ao não tremer da linha de lance livre.
Nas vencedoras destaque para a dupla norte-americana: a MVP Chevon Keith (18 pontos, 6/7 nos lançamentos de campo, 14 ressaltos sendo 4 ofensivos, 4 assistências, 2 roubos e 6 faltas provocadas, com 5/7 nos lances livres) e Shannon Howell (32 pontos, 3 triplos, 3 ressaltos, duas assistências, 4 roubos e 9 faltas provocadas, falhando apenas 3 dos 16 lances livres tentados). A poste Ana Sousa que fez questão de alinhar mesmo em condições psicológicas adversas devido ao falecimento de um familiar próximo foi muito útil nas tabelas (8 pontos e 7 ressaltos), particularmente no duelo com Clarissa.
Na AD Vagos três nomes em evidência: Joana Lopes (18 pontos, 7 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências, 2 roubos, 1 desarme de lançamento e 5 faltas provocadas com 4/5 da linha de lance livre), Ana Teixeira (14 pontos, 10 ressaltos sendo 3 ofensivos, 3 assistências e 3 roubos) e Clarissa Santos (13 pontos, 7 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência e 5 faltas provocadas, com 5/6 nos lances livres), em pouco mais de 16 minutos de utilização.
A segunda meia-final (Algés- CAB Madeira) foi um jogo mais pobre, embora também emotivo. Porque o equilíbrio foi uma constante só alterado no último quarto quando o CAB Madeira conseguiu ganhar uma vantagem de 9 pontos (48-57), após a ida para o banco, com 4 faltas, da poste algesina Sultra Harding, no minuto 32 (48-52). Percalço semelhante tinha acontecido às madeirenses, no 3º período (minuto 24), aquando da 4ª falta de Candice Champion, que viria a ser a MVP do jogo, com o resultado em 40-43 para a equipa insular. A diferença é que enquanto o colectivo de João Silva ainda dispunha de Kaitlin Sowinski para a luta na área pintada, o treinador do Algés, Carlos Barroca já não dispunha das mesmas armas. Assim se explica que o equilíbrio se manteve até ao final do 3º quarto (48-50), com as algesinas a acertarem os seus únicos dois triplos através de Catarina Coelho (45-47) e Joana Bernardeco (48-48).
Mas na arrancada das madeirenses para a vitória foi preponderante a acção da atiradora esquerdina Carla Freitas, com 3 bombas nos últimos 10 minutos. Terminou com 21 pontos, 4/10 nos triplos, 5 ressaltos sendo 2 ofensivos, 5 assistências, 5 roubos e 4 faltas provocadas). Formou com as norte-americanas Candice Champion, MVP da partida (22 pontos, 3/5 nos triplos, 8 ressaltos sendo 2 ofensivos, 1 desarme de lançamento e 8 faltas provocadas) e Kaitlin Sowinski (20 pontos, 9 ressaltos sendo 3 ofensivos, 1 roubo e 2 desarmes de lançamento) o triunvirato responsável pelo êxito insular.
Na equipa de Carlos Barroca a mais valiosa voltou a ser Charese Reed, que fez uma 1ª parte excepcional (20 pontos e 82% nos duplos). Acabou com 24 pontos, 10 ressaltos sendo 4 ofensivos, 3 roubos e duas faltas provocadas). Foi bem acompanhada pela poste Sultra Harding (12 pontos,12 ressaltos sendo 6 ofensivos e 3 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), enquanto Joana Fogaça (6 ressaltos, 6 assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas) sentiu dificuldades para travar Carla Freitas.
Resultados:
Boa Viagem 78-64 AD Vagos
Algés 55-68 CAB Madeira
A final (Boa Viagem-CAB Madeira) está marcada para hoje à tarde (16 horas).
Arquivo: Liga Feminina
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