O fim de semana das decisões não teve nenhum final “à NBA”. Não houve prolongamentos, nem cestos a virar o resultado no último segundo, e os dois jogos decisivos terminaram ambos com o marcador a assinalar 11 pontos de diferença.
Significa esta introdução que as vitórias do Imortal e do Atlético foram mais claras do que o carácter decisivo dos encontros podia fazer prever, isto apesar de Belenenses e Física se terem entregue à luta com todo o empenho e sem regatearem esforços. O que aconteceu, tanto no Restelo como na Tapadinha foi muito simplesmente a supremacia natural da equipa que conseguiu ultrapassar de uma forma mais eficaz os problemas que o adversário lhe criou.
No Belenenses-Imortal, os donos da casa até conseguiram tirar partido da velocidade dos seus jogadores para levarem vantagem na luta pela posse da bola. Mais ressaltos ofensivos e menos turnover’s proporcionaram aos azuis do Restelo um número de situações de lançamento superior ao dos visitantes. O problema que o Belenenses não conseguiu resolver foi o da eficiência do lançamento. A percentagem de lançamentos de campo concretizados pelos azuis foi muito baixa, principalmente nos triplos, onde só 2 das suas 22 tentativas tiveram sucesso. Claro que a este facto não foram alheias a compleição atlética e a concentração defensiva dos visitantes, que perturbaram o tiro exterior e intimidaram as penetrações dos belenenses. No ataque o Imortal insistiu durante todo o encontro no aproveitamento do seu forte jogo interior fazendo sistematicamente a bola entrar na posição de poste baixo, e essa opção veio a dar frutos principalmente quando permitiu abrir espaços para situações favoráveis de lançamento de fora. No 3º período o jogo pendeu definitivamente para o lado do Imortal com um parcial de (9-23) que colocou o resultado à entrada do último quarto em (32-51). A diferença de eficiência nos triplos nestes 10 minutos contribuiu decisivamente para o alargar da diferença, com os visitantes a concretizarem 5 das suas 8 tentativas enquanto os donos da casa falharam as 6 que tentaram. No último período o Belenenses não deixou de tentar a reviravolta, mas realmente não era dia azul. O Imortal geriu até ao final a vantagem amealhada, que no final se fixou em (52-63).
O Atlético-Física jogou-se mais depressa, com mais alternância de posses de bola e menor tempo médio de ataque. Os visitantes procuraram criar desequilíbrios na defesa adversária à custa da capacidade de iniciativa e da velocidade dos seus jogadores, mas foi o jogo mais colectivo dos donos da casa que levou a melhor. À vantagem do Atlético no 1º período (26-18) a Física respondeu no 2º terminando a 1ª parte na frente (43-44), mas a meio do 3º quarto a equipa da casa marcou em 4 posses de bola consecutivas somando 9 pontos, ao mesmo tempo que os visitantes, também em 4 posses de bola, ficavam em branco e ainda somavam 4 faltas. Estes curtos minutos de desequilíbrio trouxeram ao Atlético uma vantagem no final do 3º período (61-56) que os visitantes não mais conseguiram reverter. A equipa de Torres Vedras tem um problema de profundidade do banco que, em conjunto com o acumular de faltas, limitou muito as suas tentativas de recuperação no 4º período. Os alcantarenses mantiveram o controlo do jogo e terminaram com o resultado em (92-81).
Com estas vitórias Atlético e Imortal conquistaram o direito a disputarem entre si a final da Zona Sul e, ao mesmo tempo, o direito desportivo à participação na Proliga na próxima época.
O grupo A completou-se com a vitória em casa do Algés “B” face ao Ferragudo (78-52) e fora, do Moscavide sobre o Barreirense (58-70). No grupo B o Estoril Basket bateu o Ginásio Olhanense (76-50), e o Seixal levou a melhor sobre o Reguengos de Monsaraz (81-85) na diferença mínima da jornada.
O campeonato irá prosseguir com as finais Sul e Norte e com a final Nacional, todas num único encontro, mas até ao momento não há datas publicadas para estes jogos.
