Como prometido, voltamos a comunicar convosco, em jeito de meia-despedida, mas já lá iremos..., vamos ao que, de momento, mais interessa.
Com o foco principal na evolução do jogador e do nível técnico do jogo, para que não nos iludamos e de forma decidida, metamos 'mãos à obra': Construamos o edifício-atleta.
Ultrapassada a primeira etapa que se constitui, na via dos testes físicos, como sejam os relacionados com: o equilíbrio, a flexibilidade, a agilidade, a explosão e a força, e uma vez que, com índices e resultados elevados, que recomendarão a prática do basquetebol, então, enquanto vigilantes ao 'teatro de operações', importará partir desta premissa decisiva: primeiro ensinarmos e, só depois, treinarmos, assumindo o irrepreensível 'compromisso' de que jogaremos conforme treinarmos!
Será com esta 'argamassa' que edificaremos o atleta, o jogador, a saber:
- Desenvolvimento das capacidades das habilidades;
- Desenvolvimento das capacidades físicas: a velocidade, a força, a resistência;
- Desenvolvimento da velocidade de execução dos gestos técnicos, visando a aquisição e posterior otimização de um alargado leque de opções, numa sustentável aliança com a melhor tomada de decisão;
- Desenvolvimento das capacidades volitivas;
- Proporcionar prazer em desfrutar o jogo.
E, nesta sequência metodológica, justificar-se-á trazer ao 'palco dos acontecimentos' esta ideia-pensamento de Xesco Vargas (2017), quando nos transmite:
"Os desportistas podem aprender escutando, observando, falando, mas sobretudo e necessariamente, aprendem fazendo".
E, neste aprender fazendo, de momento, no nosso raio de ação, integrado no processo ensino-aprendizagem, a realização de exercícios tão indispensáveis à aquisição do equipamento técnico, com base nos fundamentos do jogo, que constituem, afinal, os alicerces que predispõem a 'moldar' os jogadores. Por outro lado, para evitar eventuais equívocos, recomenda-se que tenhamos presente do que é um bom exercício: 'Situação simuladora do contexto competitivo, que o treinador manipula para facilitar ou sobre estimular o limite de desempenho do praticante dando especial ênfase aos aspetos que interessam desenvolver nesse preciso momento, enquadrados no planeamento da época. Interessando aqui recordar que: não planear ou planear mal, corresponderá, inevitavelmente, a planear o ... fracasso!
Cumulativamente, um outro fator será determinante para o sucesso de se estar preparado para, com segurança, se entrar na competição : Face a cada um dos exercícios a ministrar 'no terreno' e porque ´só se sabe aquilo que se vive', haverá que equacionar de qual a dificuldade para a sua execução, sabendo-se que a mesma depende da relação que existe entre a habilidade ou a capacidade percebida por parte do praticante e o nível de desafio e de objetivos a alcançar.
Optando por esta 'rota' com a bússola ou o astrolábio bem orientado, então, seguramente desaparecerá: A ilusão do conhecimento e a competição! Porque, confiadamente, fomos assertivos discípulos de mestre - porque sábio! - António Damásio: "Antes de chegar ao saber é preciso percorrer o ser e o sentir".
Fieis ao que havíamos anunciado em 23 de Maio último, a quando de : "O ganhar não se compra apenas se merece!", com a publicação deste modesto e despretensioso escrito, entraremos numas justificadas 'férias sabáticas', daí, a abrir, tivéssemos aflorado a meia-despedida.
Pensamos, convictamente, que uma pessoa, enquanto ser humano (há quem o não seja...), deve traçar para si uma assertiva 'rota' que possibilite atingir os objetivos, sendo essencial orientar o nosso propósito, a nossa energia, definindo, com suficiente clareza, prioridades com uma visão daquilo que 'o terreno' (onde tudo acontece e se resolve) verdadeiramente necessita para ultrapassar etapas e podermos, como resultante, ultrapassar etapas - cá está...! - e sermos produtivos, enjeitando, por via de razão, a ilusão do conhecimento, vezes quantas, pior do que a ignorância!
Quando nos julgamos competentes, aliado ao facto de, em sede própria, e não à revelia ou fruto de palavras vadias..., no desempenho das tarefas que lhe estão atribuídas, ser devidamente reconhecido, não se cultivam sentimentos de incapacidade, nem se tende a paralisar pelo medo. A competência, quando devidamente interiorizada - de maneira responsável e responsabilizante -, favorece e estimula a nossa autoconfiança, a nossa autorrealização, quem o diz é A. Maslow, na sua célebre e reconhecida pirâmide sobre a hierarquia das necessidades.
O nosso maior, de entre todos nós, treinadores - prof. Teotónia Lima, paz à sua alma -, transmitia-nos, do alto da sua incomensurável sabedoria: "Os que menos sabem devem fazer um esforço para se aproximarem dos que mais sabem, e estes, encorajarem a aproximação dos que menos sabem". Mas - e aqui o busílis da questão! -, e quem arbitra, quem medeia, quem em condições de exercer a D.O.E. (Direção e Orientação de Equipa) e tomar decisões? Decisões, não oriundas da 'embrulhada' das questões administrativas e/ou burocráticas, mas as que que se relacionam com situações e acontecimentos de natureza técnico-tática?! Se a 'tudo isto', que não é pouco..., juntarmos, de autor anónimo, este pensamento:
'A pior arma do ser humano é a língua! Destrói vidas, amizades, famílias', talvez que 'daqui' até á beira do abismo..., possa distar um pequeno 'click'!
Iremos inscrevermo-nos no fundo de desemprego, apresentando as modestas credenciais de 's+o se sabe aquilo que se vive'. Que temos vivido, ao longo destes 55 anos!
No dealbar deste escrito, quem sabe se num último 'time out', ido de dentro e com um sentimento de gratidão por tudo - e foi muito! - o que o mais completo desporto de equipa: o Basquetebol (!) nos tem proporcionado, como gostaríamos de vos encontrar, por esta mesma via, escutando (!) os vossos comentários!
Até um dia destes, e bom Basket!