Modelo de jogo
 
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Modelo de jogo

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Humberto GomesPartamos do elementar princípio de que : o treinador fez-se para arranjar soluções para os seus jogadores, e de que tem sobre os seus ombros a tremenda responsabilidade da construção do "edifício atleta".

"Edifício atleta" que deverá assentar em quatro pilares fundamentais, e em síntese : - condição genética - qualidades das habilidades - intensidade - velocidade de execução.

Nesta nossa despretensiosa abordagem sobre o modelo de jogo, tenhamos em consideração, primeiro que tudo, que o mesmo deverá surgir integrado e na sequência do modelo de desenvolvimento do praticante.
Modelo de jogo que, tendo como matriz principal o contributo para que os jogadores possam evoluir, quer no capítulo técnico, quer no capítulo tático.

Deverá, por isso, o modelo de jogo constituir uma referência, construído a partir de outras referências que definam um conjunto de ações individuais e coletivas (jogador e equipa), ou seja, um conjunto de princípios que dão organização à equipa.

Toda a equipa deverá ter um determinado modelo de jogo, independentemente do método utilizado ou dos conhecimentos do treinador e, ao se planearem os treinos, dever-se-á ter em conta o modelo de jogo previamente definido, equacionando os conteúdos técnico-táticos a desenvolver de forma adequada em cada um dos escalões etários.

A forma de jogar de uma equipa depende da maneira como os jogadores interpretam o que o treinador pretende transmitir, considerando as potencialidades e as características especiais de cada jogador.

As ideias e o conhecimento do jogo por parte do treinador devem ser adaptadas e ajustadas à "matéria prima" à disposição, à cultura do clube e aos objetivos e à competição em que se está envolvido.

Logo, conceber um conjunto de princípios sem os conhecer é algo demasiado estático, ignorando um conjunto de fatores.

Tudo será diferente se dominarmos o modelo de jogo, como ponto de partida, na medida em que melhor se ajustará depois de se conhecer a realidade na qual se está integrado.

Sem se definir o modelo de jogo, este aparecerá descontextualizado do trabalho de periodização tática a desenvolver, onde deverão ser criteriosamente escolhidos os princípios a serem aplicados no ataque, na defesa, nas transições.

Conhecidos os objetivos e a competição em que se está envolvido, haverá, então, que conseguir o melhor equilíbrio entre os jogadores para se resolverem os problemas que irão ser colocados pelos adversários no decorrer da competição.

A relação que o jogador estabelece entre o modelo de jogo e as situações que ocorrem no jogo, orienta as respetivas decisões - a tomada da melhor opção, momento a momento.

Neste sentido, o modelo de jogo faz emergir os problemas, determinar os objetivos da aprendizagem e o progresso dos praticantes.

Convenhamos não ser tarefa fácil, uma vez que a automatização das ações e a ligação dos elementos técnico-táticos só será possível com muitas horas de treino, de ensaios, de repetições, corrigindo os erros - em tempo útil.

Situações decorrentes de um normal, mas muito exigente processo de ensino/aprendizagem, tendo como "farol" permanentemente aceso : a técnica e a tática não podem ser vistas separadamente, antes constituem uma unidade, sendo indissociáveis, condicionando-se e influenciando-se reciprocamente.

Face às reflexões que deixamos expressas, teremos de assumir a responsabilidade de pôr em prática uma preparação adequada, com base no estudo e na experiência que nos permita enfrentar com segurança o desafio de construirmos um determinado modelo de jogo.

Só que, por vezes, outros caminhos poderão surgir a justificar a "não presença" com outras justificações...injustificáveis. E, atenção, que o excesso de confiança, estilo "fast food", poderá vir a revelar-se desastroso.

Assim a modos, como apregoar que o modelo de jogo é uma "treta".

Relacionado com este conjunto de reflexões, que gostosamente partilhámos convosco, faço-vos uma sugestão : recomendando vivamente a leitura do artigo do companheiro Henrique Santos, publicado no Planeta Basket, em 24 de Maio de 2012, sob o título : "Modelo(s) de jogo: necessidade ou ornamento?"

Por fim, e porque a propósito, voltar a recordar o milenar provérbio chinês: "podemos escolher o que semear, mas vamos certamente colher o que plantarmos".

Na sequência do recente desafio lançado pelo DTN, Mário Gomes : "só encontramos algum caminho com uma base de compromisso" e considerando  uma sua análise, em nome da equipa técnica nacional, sobre a "conceção do que deverá ser o papel do diretor técnico regional", marcamos de novo encontro convosco para 2 de Abril, com a abordagem do tema : "Que esperar dos diretores técnicos regionais?".

Até lá, e bom Basket.

 

 


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