Quando o “Tomané” (que, de há uns anos para cá, utiliza o pseudónimo “San Payo Araújo”) me perguntou se estava disponível para escrever umas linhas para o PB sobre o Carlos Teigas, prontifiquei-me de imediato.
Só que escrever sobre um amigo que é também alguém que muito estimo como profissional não é, pelo menos para mim, tarefa fácil. Daí o atraso em honrar o compromisso…
Se a memória não me trai, conheci o Carlos Teigas num dos jogos-treino que a equipa de Juniores do Algés (da qual fazia parte) realizava, com alguma frequência, com os Seniores da Académica de Santarém (onde jogava o Carlos), no velhinho Campo da Rua da Olivença.
Lembro-me que, como jogador, tinha um ponto forte: boa pontaria!
Mais tarde, foram muitos anos de convívio como treinadores, quase sempre adversários, do qual guardo as melhores recordações, pois a competição (e ambos éramos muito competitivos), por mais renhida que fosse, nunca trouxe a mais pequena perturbação à nossa relação de amizade e companheirismo.
Eram, na realidade, “tempos” diferentes dos que hoje se vivem… Mas, os “tempos” são feitos pelas pessoas, neste caso treinadores, que os marcam e o Carlos foi um dos mais marcantes ao longo de muitos anos.
Ninguém é mais justo que os jogadores a “avaliar” os treinadores e posso testemunhar que o que os que tiveram o privilégio de serem treinados pelo Carlos Teigas pensam e sentem em relação a ele é a melhor prova da sua enorme dimensão como Homem e como Treinador.
Conheço bem a obra ímpar que deixou no “meu” Algés e a forma como a sua acção pedagógica foi decisiva na formação pessoal e desportiva de várias gerações de jogadores do “nosso” Clube.
Também por isso e pelo exemplo que sempre constituiu para mim como Treinador, estou-lhe muito grato.
Carlos: acho que nunca te disse, mas vale mais tarde que nunca… Sempre nutri por ti profundo respeito e consideração e gosto muito de ti!
Obrigado!