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Avaliação: / 13
FracoBom 

San Payo AraújoPara chegar à sugestão da divisão geográfica do território proposta no artigo anterior peguei no mapa do ACP e assinalei com uma caneta de feltro todos os concelhos e locais que tinham basquetebol.

Cheguei à conclusão que para além do pouco basquetebol que existe em Trás-os-montes e no Alto e Baixo Alentejo, também há um “deserto basquetebolístico” no meio do país que engloba os distritos de Coimbra, Leiria, Santarém e Portalegre e que envolve uma série de concelhos contíguos como: Arganil, Góis, Castanheira de Pêra, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Ourém, Fátima, Pedrógão Grande, Sardoal, Pampilhosa da Serra, Alvaiázere, Ferreira do Zêzere, Sardoal, Vila Velha do Ródão, Gavião, Niza, Vila do Rei, Proença-a-Nova, Mação e Castelo de Vide. Este processo de avaliar a geografia do basquetebol permitiu-me ver as proximidades e as acessibilidades. Foi com base nesta avaliação que sigeri as novas regiões.

Sei que muitas vezes a mudança assusta e incomoda, pelo que esta nova divisão geográfica só faz sentido se houver o interesse e envolvimento dos clubes, que no nosso sistema desportivo são a célula sobre qual assenta todo o edifício do basquetebol federado. Sei que este é um projecto, que se o quisermos levar a cabo vai provocar muito debate e retirar algumas pessoas da sua zona de conforto, mas também sei que se não fizermos nada dificilmente poderemos modificar o estado actual das coisas, pois as mesmas soluções dificilmente conduzirão a resultados diferentes.

Como é público estive em Julho de 2011 durante uma semana em Espanha em Collell. Foi sem dúvida uma experiência muito rica e entre os vários ensinamentos que ali recolhi, um dos mais importantes, se calhar o mais importante, foi perceber como os nossos vizinhos se empenham para trabalhar como um colectivo e tentam envolver todos numa causa, que se torna comum. Collell é sem dúvida um momento unificador do basquetebol espanhol. A nossa realidade está a anos-luz da espanhola, no entanto há conceitos, que podem e devem ser incluídos na nossa realidade. Um desses conceitos é o de conseguirmos ter causas comuns, e conseguirmos envolver as pessoas nas decisões. Se conseguirmos envolver as pessoas numa causa comum estas sentem que são parte integrante de um todo e não ilhas isoladas.

Adaptando este conceito de Collell à nossa realidade e considerando que a Festa do Minibásquete só faz sentido se for corolário de actividades anteriores, a minha sugestão de selecção dos jovens mais indicados para formarem a selecção regional do escalão de Mini-12 é a seguinte: São os treinadores que andam com as equipas de minibásquete que vão em conjunto escolher os jovens para irem a Paços de Ferreira. A selecção de uma região passa, deste modo, pela responsabilidade do conjunto de treinadores que trabalham nesse escalão. Nesse constrói-se e aumenta-se o sentimento de pertença de uma região.

Como é que isso pode ser feito. Definidos os critérios pelos quais considerarmos que deve ser efectuada a selecção são os treinadores no seu conjunto que vão escolher os participantes da sua região. Como é que esta opção pode ser operacionalizada.

Pensar globalmente e implementar regionalmente tem sido um dos lemas do meu discurso. E neste caso por razões de recursos devemos, para o mesmo princípio ter soluções distintas consoante as regiões.

No caso das regiões conforme nossa sugestão se devem organizar em torno de um circuito de minibásquete, como os treinadores estão presentes nos convívios para acompanharem as suas equipas, no fim de cada jornada vão emitindo a sua opinião, sobre os jovens a seleccionar, não podendo, evidentemente, indicar os jogadores dos seus clubes.

Nas regiões de Lisboa e Porto, em que o modelo de organização desportiva sugerido é diferente, proponho, à semelhança de várias federações autonómicas espanholas, que com alguma antecedência relativamente à Festa do Minibásquete se juntem um número alargado de praticantes que se considere que devam ser observados, sejam distribuídos por equipas e que se façam jogos para estes serem observados na situação de jogo. Os treinadores presentes apenas procedem de uma forma rotativa às substituições, arbitram e observam os jogadores. No final o responsável por esta actividade ouve as opiniões dos treinadores e em conjunto escolhem os praticantes que irão formar a selecção.

Esta forma de trabalhar envolve os treinadores deste escalão na escolha, que passam a ser parte integrante das decisões, com responsabilidade na selecção dos representantes da sua região. Por muito competente que o treinador possa ser, a selecção feita nesta base, não é resultado da observação e uma só pessoa, ou de alguém “iluminado”, mas sim de um colectivo que contribui com para uma causa comum.

Comentários 

 
+7 #1 José Antonio 10-01-2012 23:24
Ora aí está uma ideia interessante.Excelente como ponto de partida, para um trabalho sério e profícuo em prol do Basquetebol.
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