O futuro da modalidade
 
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O futuro da modalidade

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San Payo Araújo“A crise é um momento de oportunidades.” Não gosto de frases feitas, sou avesso a chavões, nomeadamente quando a estes não correspondem a uma prática real e apenas servem para disfarçar ou mitigar a realidade.

No entanto penso que a crise, desde que sejam feitas opções certas, pode efetivamente ser um momento de oportunidades. Já o disse anteriormente, num dos meus artigos, diz-me onde gastas o dinheiro e eu dir-te-ei o que é importante para ti. A escassez económica e financeira obriga a sermos muito mais seletivos nas opções. Se o basquetebol souber nesta fase difícil da vida nacional em que os recursos financeiros diminuíram drasticamente investir de uma forma clara no minibásquete e nos escalões mais novos, quando sairmos da crise, teremos gerações a gostar da modalidade e estaremos certamente uns furos acima dos ou outros.

O futuro da modalidade não pode estar dependente da ausência de uma verdadeira estratégia, não pode estar dependente da tentativa erro, não pode estar dependente de uma navegação à vista. O futuro da modalidade, depende muito das opções que se fizerem, da estratégia escolhida assente numa filosofia na qual se acredita. O futuro da modalidade passa decididamente, por conseguir que as gerações mais novas gostem da modalidade.

Concordo com o Pedro Frade quando escreve: “Creio que parte da solução passa por fazer apaixonar os mais jovens pelo jogo desde pequenos. Como o fazer? Bom, essa é a parte complicada. Julgo que uma das soluções passaria por aumentar o número de jovens praticantes e conseguir que estes tenham sucesso ou melhor, que se sintam bem-sucedidos e se divirtam dentro do campo. Penso que este seria um bom primeiro passo para que o bichinho do basket se instalasse a longo prazo”.

Na frase transcrita pergunta o Pedro Frade, como o fazer? Repito! Não sou dono da verdade, nem dono das soluções, mas acreditem que se o universo do basquetebol, der atenção a este caminho e quiser investir neste sector decisivo para o seu crescimento e desenvolvimento, que ao fim deste anos de empenho no minibásquete, tenho algumas sugestões a fazer.

 

Comentários 

 
+3 #8 jorge duarte 12-10-2012 13:49
è verdade a crise não deve ser o escudo para nada se fazer e continuarmos com as nossa lámurias, ainda existe gente com vontade de se dar a volta ao basquetebol, assim queira a FPB, as Associações ditas grandes que travam todas as mudanças sugeridas, mas a continuarem asim vão ser elas os coveiros do basquetebol, não os romanticos e sonhadores do interior. Quanto ao desporto escolar é necessário que os prof.ed.fisica colaborem, desporto escolar não deve ser só ao dia de semana.
Quanto ao San Payo Araújo só tenho de lhe agradecer a cruzada em prole da modalidade, um abraço amigo e grato. JD
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+4 #7 Nuno Tavares 11-10-2012 17:29
José Almeida,
Concordo 100% com o que disse. Eu trabalho nos Estados Unidos, eu conheço bem o sistema, em Portugal existem muitos obstáculos começando logo com os horários escolares, nós cá acabamos as aulas às 15:00/15:15 e os treinos começam às 15:30 (nos liceus) e por volta das 17:00 está tudo despachado, um dia de escola e o desporto. Claro que isto tudo implica mudanças profundas especialmente a nível governamental e com o pensamento que não é de hoje para amanhã, nem pode ser tudo de uma vez...mas o actual modelo está mais que ultrapassado e estamos todos em "coma" em Portugal em relação ao basquetebol (e não só) e só continuamos a ter basquete devido ao esforço de milhares de pessoas que amam o jogo e fazem-no pelo amor (e tudo o que implica) porque pouco mais existe para se agarrar. E não devemos esquecer que até existe já um passo importante, é que muitos dos municípios já tomam conta do parque escolar. Não é nada fácil mas a médio longo prazo é uma situação a pensar.
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+3 #6 José Almeida 11-10-2012 11:06
Caro João Videira,
Vou dar-lhe a minha opinião em 3 pontos:
1- Não fique preocupado. Os românticos são (somos) uma espécie em vias de extinção.
2- Os países com a melhor formação desportiva da história da humanidade tinham ou têm por modelo de formação desportiva o desporto escolar (USA, ex-URSS, ex-Jugoslávia, ...).
3- Um dos melhores campeonatos de basquetebol Sénior a nível mundial é Universitário.

Cumprimentos
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+2 #5 José Almeida 11-10-2012 10:56
Caro Nuno Tavares,

Passar o enquadramento desportivo atual para um cenário escolar era sem dúvida a solução ideal mas não como é feito o atual desporto escolar, de certo concordará.
Para mudar o modelo é preciso bastante tempo para dotar as escolas sobretudo da mentalidade necessária a esse trabalho.
Devo dizer-lhe que atualmente e infelizmente a maioria das escolas são mais obstáculo do que parceiro para o desenvolvimento desportivo principalmente em duas vertentes:
- os horários escolares
- as verbas elevadíssimas cobradas pelo uso das suas instalações desportivas a quem faz o desporto de formação.
Isto é uma realidade.

Cumprimentos
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+3 #4 Nuno Tavares 10-10-2012 18:40
Agradeço o comentário e sem duvida que sou um romântico mas acima de tudo sou objectivo em relação à nossa realidade, a minha pergunta é simples: queremos um basquetebol de poucos clubes centralizado em alguns pontos do pais ou queremos um basquetebol espalhado pelo país todo? O nosso problema maior é que gostamos de mostrar aparências onde elas não existem. Estamos numa sociedade "falida" onde cada vais mais clubes fecham porque não existe dinheiro e se não mudamos isto urgentemente a pensar nos próximos 10 anos, daqui a 5 anos temos metade dos clubes. A escolaridade é obrigatória, os jovens estão lá, os pavilhões estão lá, em quase todas as cidades deste país do norte ao sul e do litoral ao interior. É radical? claro! É ousado? Sem dúvida mas na minha opinião (e tem todo o espaço para a contrariar) é um caminho (com coisas boas e menos boas). E não são meia dúzia de carola que produzem campeões do mundo e da Europa em todos os escalões,penso eu,mas posso estar enganado
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-14 #3 João Videira 10-10-2012 01:37
Começo a ficar preocupado pelo aumento do numero de românticos.
Então agora passamos a formação até pelo menos aos sub16 para as escolas? Os espanhois não percebem nada de basket, andam com clubes de bairro as costas com meia duzia de carolas ( para os mais desatentos há muito clube em Portugal que paga mais do que em Espanha para se treinar uma equipa) e dão nos mil a zero. Levem o Benfica, Barreirense ou Porto a jogar contra clubes de bairro da Catalunha para verem... Qualquer dia acabamos com isto e fazemos um campeonato sénior universitário.
Abraço
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+7 #2 José Almeida 09-10-2012 10:44
Caro San Payo,
A oportunidade que vê no que é denominado como crise é algo tão lógico que, à partida, não devia ter nem discussão.
O problema é que o basquetebol, como tantas outras coisas, para muitos dos que têm a capacidade de tomar decisões, seja dentro da Federação, das Associações ou dos clubes é apenas um meio para atingir fins, de poder, de bem estar, de status social.
A dificuldade não está em fazer as crianças apaixonarem-se pelo basquetebol, isso é fácil e tem sido demonstrado por si nos últimos anos em todo o país. A dificuldade está em fazer com que muita gente com papel importante dentro da modalidade se apaixone pelo basquetebol ;)

Abraço
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+7 #1 Nuno Tavares 09-10-2012 04:18
San Payo,
Mais uma vez parabéns pelo artigo. A crise não é nem nunca poderá ser desculpa para os erros que cometemos repetitivamente , concordo contigo que é uma oportunidade de ouro para, com pouco dinheiro, sermos mais objectivos onde gastamos o mesmo mas será que já não está na altura para todos pararmos e percebermos que este modelo global do basquetebol português não resulta? Podemos dizer que não resulta porque são as mesmas pessoas, os mesmos mecanismos, as mesma entidades mas o que é certo é que todos pactuamos com os mesmos erros. O que fazer? Respondo desta maneira, os Campos MVP todos os anos tem mais procura, mais lista de espera, mais "sucesso" num tempo de cada vez maior crise, talvez a solução não está nas pessoas ou nas entidades, a solução está na mudança do modelo e, agora ainda mais, continuo a dizer o mesmo: passem o basquetebol de formação pelo menos até sub-16 para as escolas. Polémico? não, apenas falta de coragem e talvez sair da zona de conforto...
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