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Os atletasNão poderia dar melhor seguimento aos dois anteriores artigos sem abordar aqueles que constituem a essência da nossa actividade, enquanto agentes desportivos, ou pelo menos assim deveria ser – Os praticantes.

Estes, participam, competem, jogam, decidem, ganham, perdem, alimentando assim toda a motivação e dedicação que treinadores, dirigentes e pais expressam na sua participação enquanto agentes desportivos. Mas será importante diferenciar a natureza da sua participação, tendo em consideração de que praticantes estamos a falar – adultos, profissionais? Ou crianças, aprendizes? Jovens aspirantes a Seniores e sonhadores?

Quando enquadramos os praticantes de basquetebol numa análise mais abrangente do desenvolvimento da modalidade, importa não esquecer o que nos norteia e o que nos move quando aplicamos ideias, conceitos, exercícios, quadros competitivos. Os Treinadores deverão saber claramente quais os objectivos da sua intervenção com jogadores profissionais, seniores, Iniciados ou simplesmente praticantes de minibasquete. Também os dirigentes deverão dominar claramente quais os propósitos do contexto onde exercem a sua importantíssima actividade. Não creio que possa ser oportuno enunciar ou descrever minuciosamente todos estes conteúdos, mas certamente haverá uma palavra-chave e um propósito essencial para a nossa actuação em prol dos praticantes, dos jogadores.

Respeitando a lógica da pirâmide do desenvolvimento desportivo eu diria que na base, onde o praticante inicia a sua actividade desportiva o foco central é, sem dúvida, a Criança. Se definimos regras, princípios, desenvolvemos atividades ou gerimos recursos, então que tenhamos sempre presente que a finalidade consiste em atender às necessidades da criança, sejam elas de natureza psicossocial ou psicomotora. Nesta lógica, o Basquetebol tem procurado, através do Minibasquete, centrar a sua atividade na criança e nas suas necessidades essenciais, fomentando o gosto pela prática, estimulando e desenvolvendo as suas capacidades coordenativas e criando bases para que no futuro, ao nível desportivo, possa efectivamente dispor de ferramentas para se integrar e explorar a actividade ou actividades desportivas que venha a escolher e a fidelizar-se.

Porém, também nos escalões seguintes, nomeadamente nos sub-14 deveremos estar atentos às necessidades do jovem que inicia a sua prática e se insere num grupo que eventualmente é composto por praticantes com mais tempo de prática. Sendo este escalão de iniciação desportiva e de continuidade para quem iniciou a sua prática no Minibasquete, é igualmente um escalão de captação onde jovens sem passado desportivo significativo se iniciam numa modalidade por diversos motivos: interesse próprio, através do convite de um amigo, por possuir capacidades físico-atléticas de revelo, por indicação de um professor, etc.

Num contexto onde dinâmica do grupo e o seu ritmo colectivo de evolução se vai construindo através de um núcleo de praticantes com mais tempo de prática, compete a todos os agentes terem a sensibilidade de acolherem de forma pedagógica o novo membro. Neste sentido podemos contar igualmente com a cooperação ou resistência dos membros do grupo, que naturalmente se expressarão em função do perfil do novo companheiro.

Da minha experiência enquanto treinador do escalão de Sub-14 deparei com reacções bem antagónicas e merecedoras de um estudo sociométrico. Por um lado um novo companheiro que, pelas suas características físico-atléticas (alto e ágil), veio ajudar o grupo a aumentar o número de ressaltos obtidos e a possibilitar que a recuperação da posse da bola criasse situações ricas e vantajosas de transição defesa ataque, mas que não foi bem aceite pelo grupo; por outro lado um atleta que, necessitando de grande apoio no desenvolvimento das suas capacidades coordenativas e que ainda revela dificuldades em ambiente de jogo, evidencia enorme capacidade de integração e é bem aceite pelo grupo.
No contexto em que estamos a falar, importa que o treinador consiga fomentar no grupo uma dinâmica de aceitação e integração de novos praticantes, independentemente das suas características físicas, da sua capacidade para jogar ou do seu perfil de interacção com o grupo. Também ao nível de um grupo ou equipa importa que se fomente uma alinhamento que enriqueça a participação do jovem e que lhe seja gratificante sentir-se integrado num grupo onde efectivamente se aprende, coopera, é ajudado, participa, interage, toma decisões e se desenvolve  sua maturidade dos elementos que o compõem.

Estou seriamente convencido de que na actual conjuntura um praticante que se inicie no Basquetebol se fidelizará à modalidade tanto quanto o interesse que o Treinador e dirigentes manifestem para com o seu desenvolvimento enquanto ser humano, futuro adulto e eventual futuro praticante sénior. Mais do que criarmos ilusões e perspectivas de uma carreira desportiva aliciante, importa ensinarmos bem os conteúdos específicos da modalidade e adequados para as suas necessidades, fomentarmos a noção de compromisso, de pontualidade, de empenhamento, capacidade para tomar decisões, de lealdade, disciplina, dedicação, organização e conciliação do percurso desportivo e escolar, cooperação, coragem e persistência.

Se conseguirmos “cozinhar” bem todos estes ingredientes talvez possamos afirmar que estamos a Jogar para um Futuro Melhor.

 

 


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