Há duas coisas que me prendem ao minibásquete, em primeiro lugar as crianças e em segundo lugar os jovens e adultos que compreendem que a essência do minibásquete é importância do seu desenvolvimento integral.
Amanhã vou para Soutocico, mas posso dizer que saí do jamboree de Ponta Delgada com as minhas convicções reforçadas. Nunca pensei que na minha idade ainda conseguisse fazer amizades tão genuínas, como aquelas que se fazem, na idade de ouro de fazer amigos, como é a infância e adolescência. Isto só é possível pela forma materialmente desinteressada que tantas pessoas que vou conhecendo, se dedicam à causa do minibásquete.
Para ilustrar do que estou a falar vou dar dois exemplos recentes, relativos ao último jamboree que terminou no domingo passado na ilha de São Miguel nos Açores.
Neste evento, uma vez mais estiveram, para além das crianças participantes, reunidos 19 adultos e jovens que voluntária e benevolamente enquadraram de uma forma profissional e brilhante os minis. Os que já trabalham meteram férias para poderem estar presentes. Os mais novos e que já estão em férias escolares pagaram a sua passagem para vir trabalhar. E o trabalho é duro pois começa às 08.00 da manhã e termina por volta da 24.00 horas com a reunião da noite. É evidente que para os mais novos muitos deles futuros treinadores é também um espaço de aprendizagem de excelência.
No entanto um jamboree não se faz só com gente do basquete. Há noite é uma mais-valia, que todos os participantes adoram, contar com um músico que venha animar as actividades. Desde a primeira edição que contou com um padre amigo que foi lá tocar viola, que tentamos contar com a presença de um músico. Quase em todos os jamborees temos contado com um músico da terra, mas nem sempre tal facto é possível e aí entra o meu grande amigo Armindo Calção de Paços de Ferreira, que também benevolamente mete férias e pega na sua viola e aparece a animar os jamborees.
Este ano estava previsto uma vez mais contarmos com o Armindo que chegou a meter férias para nos acompanhar. Infelizmente por razões de força maior não pudemos contar com o Armindo. Então já em São Miguel lembrei-me de telefonar ao Roberto Freitas, músico de excelência, com uma banda que merecia ter maior divulgação os “Ronda da Madrugada”, que vive em Santa Maria. Sempre que vou a Santa Maria, conto com a colaboração benévola do Roberto, pelo que me lembrei de lhe telefonar. Liguei e perguntei-lhe se podia vir a São Miguel fazer a gala do Jamboree. A resposta saiu pronta conta comigo. O Roberto músico profissional, mas que há muito percebeu o espírito e dinâmica do minibásquete, não me perguntou pelas condições disse logo que sim. Infelizmente por ter uma actuação no dia da gala não pôde comparecer, mas na minha memória fica a forma espontânea e sincera que o amigo Roberto se prontificou a vir a São Miguel.
De um modo geral não tenho razões de queixa, antes pelo contrário, mas ao fim de mais de 20 jamborees, posso dizer que nunca tive um grupo tão coeso de treinadores e monitores como o deste ano. Foi um privilégio poder contar com este grupo e com a anfitriã de São Miguel Liliana Dias.
O que me remete exactamente para o último artigo antes de ir de férias que vai ser publicado na próxima terça-feira sobre o tema coesão empenho.
Comentários
Este é o meu oitavo jamboree, os monitores foram excecionais, as crianças portaram-se muito bem, e é sempre um prazer renovado participar, principalmente, quando estes se realizam nos Açores, região que eu gosto muito.
Sem qualquer exagero , aquele Jamboree foi um autentico shalom para mim. Lembrei-me de repente de alguns principios básicos e importantes para fazer os outros felizes e por simpatia tambem eu ser feliz.Aconselho a todos os pais que nunca deixem um jamboree acabar sem sequer fazerem os vossos filhos passar por uma experiencia tão enriquecedora .Por isso , meu bom e saudoso amigo.
EU É QUE AGRADEÇO.
Eu é que lhe devo agradecer por ter-me um dia desafiado a participar musicalmente no Jamboree.
Devo confessar , que , não fazia a minima ideia de onde me ia meter ja que o ambiente dos jamborees era-me totalmente desconhecido.
Habituado a um mundo de adultos e os seus problemas, quase me havera esquecido da inocencia, alegria e magia constante da infancia ,
No primeiro dia Tivemos de arranjar 5 minutos no quarto de hotel para ensaiar umas quantas musicas, algumas que eu não conhecia , outras que me eram mais familiares ,mas, não esqueço o meu cepticismo em relação como haveriam as musicas de soar no meio de tantos "mini-terroristas" que provavelmente tornariam a minha experiencia daquela noite em algo para nunca repetir. Pois.... Nada podia der mais errado!
Foi o meu primeiro Jamboree por isso não tenho termo de comparação mas posso dizer que adorei a experiência e faço já a minha inscrição para os próximos :)
Tendo em conta que não conhecia quase nenhum monitor é de salutar o espírito conseguido nesses dias e a capacidade de trabalho em grupo que tivemos.
Mais do que amizade fiz uma família nova cuja falta já sinto muito mas sabem que algures no meio do Atlântico existe uma pessoa que estará sempre aqui para o que precisarem...
Obrigada pelas vossas piadas, pelo vosso conhecimento, pelos vossos ensinamentos e principalmente pela vossa amizade!
Mu mu muuuuuunitores! ! :)