Queremos árbitros
 
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Queremos árbitros

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San Payo AraújoOs meus últimos, artigos tem por base reflexões, inspiradas em situações vividas aqui na Madeira. Hoje não é o caso, pois de uma forma geral, felizmente, não tem sido significativa por parte dos treinadores e familiares a contestação às arbitragens nos jogos de minibásquete.

Resolvidas umas indefinições iniciais sobre a arbitragem nos jogos de minibásquete, a Madeira é em termos do país um verdadeiro oásis. Quando sabemos que há muitas Associações no país, em que mais de metade dos jogos da formação até aos Sub-18 masculinos e Sub-19 femininos, não tem árbitros oficiais ou mesmo estagiários, temos que perceber que é uma situação privilegiada contar com árbitros e estagiários nas actividades do minibásquete desde os Mini-8 aos Mini-12.

Para compreender porque é que eu falo em privilégio, é por andar neste universo há muitos anos, e para quem não sabe, que dou a conhecer, que na primeira edição da Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira, uma competição entre as selecções regionais do país, não havia árbitros oficiais para todos os jogos e a final acabou por ter de ser arbitrada por um treinador, o amigo Paulo Neta, num exemplo de coragem e isenção mencionado aqui no Planeta basket no artigo “Exemplo de se tirar o chapéu” de 11 de Julho de 2011.

Desta vez o que me leva a escrever este artigo é um vídeo que anda já há algum tempo a circular na net do treinador Frank Martin. Nesse vídeo ele aborda, entre outras, a questão do comportamento dos familiares relativamente aos jovens árbitros. A falta de árbitros nos jogos de formação em muitas associações é sem dúvida uma situação a que todos devemos estar atentos e da qual todos nos queixamos. Contudo, muitas vezes fico com a sensação, que são os familiares e mesmo alguns treinadores, que mais se queixam da falta de árbitros, aqueles que mais contribuem pelos seus comportamentos durante os jogos, para o abandono dos jovens árbitros, que estão em fase de aprendizagem.

Felizmente, aqui na Madeira, tenho sentido nas actividades do minibásquete, por parte dos árbitros com mais experiência, um forte sentido de entreajuda. A título de exemplo, ainda há tempos o Diogo Ferraz pediu-me que eu arbitrasse um jogo dos Minis-8, para ele pudesse arbitrar um jogo de Minis-10 com a Larissa uma jovem estagiária, para que esta melhorasse a técnica de arbitragem, nomeadamente o seu posicionamento em campo.

Contudo, o que me deixa mais perplexo e é para mim a cereja no topo do bolo desta situação de falar mal dos jovens árbitros é quando uma equipa perde por mais de 50, 80 ou mesmo mais de 100 pontos, e a primeira coisa que me falam do jogo é sobre os erros da arbitragem. Mas afinal estamos a falar de quê?

 

Comentários 

 
0 #1 Cardao Machado 10-04-2019 21:33
Tudo o que escreveu está correto, mas a verdade é que a grande maioria das Associações,não fazem nada para ter mais juízes, e cada vez temos menos.Se não se alterar nada qualquer dia nem para alguns jogos de seniores haverá árbitros e oficiais de mesa
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