Tenho dado por mim a pensar no meu passado ligado ao basket e é curioso o sorriso que me vem à cara.
Desde pequeno que passava horas a fio no parque das camélias, de domingo a domingo, uns dias ao sol, outros à chuva, mas que serviram para me fazer amar o nosso desporto, jogando ao longo de vários anos, treinando, apitando e novamente treinando.
Aprendi portanto a viver ligado ao basket e acima de tudo a viver para o basket.
Todos, nas nossas vidas temos histórias semelhantes seja qual for o nosso desporto, trabalho ou actividade.
Todos recordamos os momentos do passado, vivemos os momentos do presente idealizando o futuro do modo que sonhamos e por vezes sem construir alternativas.
E aqui aparece a questão principal: E se a vida nos troca as voltas?
Por vezes damos por nós a viver um presente que não queremos. Ou…se calhar até queremos… Mas achamos que o futuro não vai ser dessa mesma forma.
Então vale a pena viver esse presente?
Talvez seja desnecessário viver o presente em que o futuro não corresponde às nossas expectativas…Por mais bonito que o presente seja… Por mais estável que seja… Por mais conforto que nos traga…
Não vale a pena jogarmos se realmente queremos ser árbitros… Não vale a pena sermos árbitros se realmente queremos é ser treinadores.
Será portanto importantíssimo olharmos para o futuro e imaginarmos que é aquilo que nos vemos a fazer, que é daquele modo que nos vemos a viver, mesmo que isso nos faça alterar o presente.
Sim… Esse presente bonito, estável e confortável que falei em cima.
Mas é exactamente para isso que muitas vezes não estamos preparados… Para abdicar destas coisas boas em prol do incerto, pois estamos bem assim… Apesar de pudermos estar melhor se arriscarmos.
E é no arriscar que sentimos que somos desafiados… E realmente por vezes decidimos abdicar de tudo e ir à luta.
Por vezes bem sucedidos, outras vezes mal…Mas sempre com a sensação que realmente precisávamos de fazer aquilo…
Precisávamos de deixar de ter medo do que a vida nos pudesse oferecer, e conseguimos largar o nosso “porto seguro”.
Por isso nunca faças nada apenas por fazer… Tudo o que fazes tem de ter dar gosto ao faze-lo e fazer-te sentir vontade de continuar. Nunca dês dois passos no mesmo sitio… Tenta que um deles seja sempre para a frente… Para o caminho certo.
O resto deixa com o tempo…
Comentários
Praia, era lá mesmo e o convivio era fantastico.
Faz falta agora, pois as PSPS e PS ocupam mais os nossos jovens de agora.
Não sabem o que perdem e o que nao melhoram, em todos os aspectos.