“A competição é fundamental. O "problema" habitualmente reside na forma como os outros agentes, que não os atletas, a utilizam.”
Paulo Neta
Há muitos anos apresentei numa das minhas intervenções do FIBA Europe Get together “Cinco ideias para abordar o minibásquete”.
A 3ª ideia abordava a importância da competição no minibásquete na qual eu escrevi:
“Todos queremos ganhar, é normal e humano, no entanto no universo do minibásquete não devemos ter pressa em vencer, temos que ter preocupação em ensinar, e fruto do que as crianças aprendem é natural ficarmos satisfeitos com a sua alegria, quando ganham um jogo. No minibásquete é muito importante que as crianças joguem e com o que aprenderam (nos treinos) se esforcem por vencer, contudo a classificação não é uma necessidade nem uma prioridade.”
Vem esta introdução a propósito de mais um texto que recentemente li de Ángel González Janreño. A competição não é apenas compatível com a formação como refere o Ángel González Janreño, eu vou mais longe sem competição não há formação. O problema não está nem nunca esteve nessa falsa dicotomia, o problema está na capacidade de definir prioridades. Ou se dá maior importância ao processo de desenvolvimento ou ao resultado. A questão de fundo é se a competição é encarada como um meio de avaliação do desenvolvimento dos praticantes ou como o objectivo principal em que vale tudo para vencer.
Para Ángel González Janreño não há dúvidas “doy más importancia al processo de mejora deportiva y del desarollo personal, que al resultado inmediato de una competición o de un campeonato.”
A questão de fundo é uma questão de prioridades e sabermos com clareza diferenciar os objectivos duma competição profissional e os objectivos duma competição de minibásquete.