Hoje, dia 12, à beira de um fim de semana que se perspetiva de grandes emoções no plano desportivo, mais propriamente em matéria futebolística que não tanto no jogo da bola ao cesto, e neste caminho de singela homenagem ao saudoso Luís do Ó,
veia-nos à memória um episódio que ambos testemunhámos e sobre o qual, 'cada um para seu lado', mas irmanados no mesmo propósito, de imediato reagimos, dizendo que não! Um não absolutamente rotundo, pois que de uma tentativa de fraude se tratava, quando o que estaria em causa seria o adulterar o resultado de uma pugna desportiva.
Estaria em causa 'facilitar' ao adversário a possibilidade de evitar a descida de divisão, cada um com o seu 'motivo' próprio', daí que a referência ao 'cada um para seu lado', de que resultou o facto de nenhum de nós ter comparecido no momento da partida para esse jogo que vislumbrávamos de horizonte acinzentado/negro.
Longe de imaginarmos que um dia alguém viria a classificar, se não o tivessem feito antes, a Ética como a ciência da moral, o certo é que a prática do nosso gesto terá influenciado a generalidade dos outros colegas de equipa, ao ponto de, praticamente em uníssono, terem gritado aos quatro ventos: nunca mais!
E o mais veemente na recusa, no não determinado, foi o nosso querido companheiro Luís do Ó. Que exemplo de desportista, Santo Deus!
Temos vindo a aprender ao longo das três vidas: primeiro a sentida, depois a aprendida e, de há um tempo a esta parte (ou não pertencesse de há muito ao 'clube dos veteranos'), a vivida que, para além dos desempenhos físicos e/ou técnicos, se escondem experiências mentais de agrado ou desagrado. Na prestação competitiva, a problemática dos valores e da motivação é de importância capital. É que o ser humano é um animal axiológico, na medida em que beneficia de um cérebro que lhe possibilita atribuir qualidades às perceções.
Daí a perceção de Luís do Ó, a que também nos associámos, de que não resultaria em felicidade se não tivesse manifestado aquele não determinado, objetivo, mesmo em forma de protesto, em defesa da verdade!
É que uma vida com valores de forte carácter antropológico é (a ciência assim o confirma) o principal fator de saúde! Tal como nos sintetiza mestre - porque sábio! Manuel Sérgio: "Ser feliz dá saúde"!
Grato, por tudo - e foi muito! - Luís do Ó. Permita Deus manter-te sob o seu sagrado manto!