Prosseguimos a apresentação das equipas que vão estar nos Jogos Olímpicos com a actual vice-campeã europeia em título, a França.
Depois de alguns anos ou mesmo décadas ausentes dos grandes palcos do basquetebol europeu e mundial, a França reapareceu ao melhor nível no ano 2000 com uma surpreendente medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney. Era a primeira medalha da França numa grande competição internacional desde o bronze conquistado no Europeu de 1959. De lá para cá, os franceses conquistaram mais duas medalhas em Europeus 2005 e 2011, mas falharam as presenças nos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008, pelo que esta representa eventualmente a última oportunidade da geração de Tony Parker, Boris Diaw, Ronny Turiaf e Florent Pietrus para competir pelas medalhas olímpicas.
Falar da França, implica necessariamente falar de Tony Parker. O jogador dos San Antonio Spurs é o motor do conjunto gaulês, um jogador extraordinário, com uma capacidade inata para marcar pontos, mas que é tambem capaz de soltar a bola no momento certo para envolver os seus colegas no jogo. Esta França faz do poderio físico dos seus atletas uma das suas maiores armas. E mesmo com alguns jogadores na casa dos 30 anos, outros mais jovens como Nicolas Batum, Kevin Seraphin e Nando De Colo oferecem ao conjunto gaulês uma maior irreverância e energia. Pela negativa, há a destacar a ausência por lesão do poste dos Chicago Bulls, Joakim Noah.
A França parte para esta competição no grupo A com o primeiro objectivo de passar aos quartos de final, mas o início da prova não se afigura nada fácil para os franceses, visto que defrontam sequencialmente Estados Unidos, Argentina e Lituânia nos seus três primeiros jogos em Londres. Em caso de vitória em um ou dois destes jogos, os franceses deverão garantir um lugar na fase seguinte, mas mesmo que tal não aconteça têm ainda dois embates diante dos conjuntos africanos, Tunísia e Nigéria na quarta e quinta jornada, que deverão ser suficientes para colocar a França nos quartos de final. E a partir daí, passa-se a jogar jogo a jogo.
Até onde pode esta França chegar? Uma equipa liderada por Tony Parker e bem complementada por alguns bons valores como Batum, Diaw e De Colo, será sempre uma equipa muito competitiva e capaz de discutir qualquer desafio, apesar da ausência de Noah nas tabelas ser um factor a ter em conta, face à equipa que tão brilhantemente se sagrou vice-campeã da Europa no ano passado. A seu favor, os Bleus terão seguramente um grande apoio do público, tal é a proximidade geográfica entre França e a capital britânica.