Os Mavericks mantêm-se fiéis à sua imagem de equipa competitiva, neste ano que fica marcado pelo regresso de Tyson Chandler a Dallas.
Três anos após a separação, Chandler volta a reunir-se com Dirk Nowitzki e com o treinador Rick Carlisle, os únicos resistentes da equipa que se sagrou campeã em 2011. Depois de ter desmantelado a equipa, Mark Cuban reconheceu que foi um erro ter deixado que tal acontecesse e parece querer agora remendar a situação. No entanto, apesar da grande valia quer de Chandler, quer de Nowitzki, os anos foram passando e começam a pesar cada vez mais no rendimento de ambos. Ainda assim, Nowitzki continua a ser a grande figura da equipa e a forma como é utilizado no xadrez de Rick Carlisle permite-lhe distinguir-se dos demais, apesar dos seus 36 anos de idade. Bastante influente na manobra do conjunto na temporada passada e com um papel idêntico à sua espera para este ano, Monta Ellis é a outra grande referência do ataque dos Mavs. Explosivo e sem medo de falhar, Monta Ellis é um jogador em constante “attack mode” e basta-lhe uma nesga de espaço para tirar vantagens. Alem do regresso de Chandler, o outro grande reforço deste defeso foi Chandler Parsons, que chega a Dallas proveniente dos rivais texanos, Houston Rockets. Parsons é ainda um extremo jovem com alguma margem de progressão e que deverá brilhar no estilo de jogo idealizado por Rick Carlisle. A posição menos definida do cinco dos Mavs é a posição de base, para a qual estão disponíveis três experientes atletas, Jameer Nelson, Raymond Felton e Devin Harris, que deverão repartir entre si os minutos disponíveis. Há ainda a registar as saídas dos habituais titulares Jose Calderon e Samuel Dalembert (Knicks) e dos veteranos Vince Carter (Grizzlies) e Shawn Marion (Cavaliers), cujos contributos vindos do banco seguramente farão muita falta, mas que poderão ser de alguma forma compensados pela evolução de Jae Crowder e de Al-Farouq Aminu.
A figura: Dirk Nowitzki
Futuro membro do Hall of Fame, Nowitzki continua a render a altíssimo nível apesar de não ir para novo. Com um currículo invejável, o gigante alemão conta entre outras distinções com um prémio de MVP da fase regular (2007), outro das finais da NBA (2011), múltiplas selecções para o jogo All-star e ainda com duas medalhas ao serviço do seu país, em grandes competições internacionais. Após 16 temporadas na NBA, Nowitzki apresenta números impressionantes e entre eles destaca-se a sua invulgar capacidade anotadora, que lhe permitiu marcar mais de 20 pontos por jogo em 13 das suas 16 temporadas na liga. Dotado de um lançamento que roça a perfeição, Nowitzki não tem nem precisa de ter capacidades atléticas acima do vulgar para continuar a dominar um jogo, e apesar dos seus 36 anos é o líder incontestado da equipa.
O treinador: Rick Carlisle
Carlisle é um dos mais reconhecidos e bem-sucedidos treinadores da actualidade, sobretudo desde 2011 e após ter conduzido os Mavericks ao título, numas finais que ficaram na memória de muitos, pelo excelente nível de jogo apresentado pela sua equipa. Campeão enquanto jogador ao serviço dos Boston Celtics em 1986, repetiu o feito a partir do banco em 2011 e escreveu o seu nome na história como um dos poucos que venceram anéis de campeão como jogadores e como treinadores principais. Treinador principal com mais de uma década de experiência ao comando dos Detroit Pistons, Indiana Pacers e Dallas Mavericks, Carlisle é um treinador com provas dadas e um dos valores mais seguros da liga na sua posição.
Cinco inicial
- Jameer Nelson
- Monta Ellis
- Chandler Parsons
- Dirk Nowitzki
- Tyson Chandler
O joker: Tyson Chandler
Se um jogo de basquetebol se definisse apenas pelo ataque, o papel de Tyson Chandler não teria grande impacto, mas a sua presença defensiva torna-o num elemento fundamental para o sucesso da sua equipa. E este regresso a Dallas, precisamente à cidade e ao clube onde teve mais sucesso na sua carreira, é o tónico ideal para ultrapassar a temporada decepcionante que viveu em Nova Iorque no ano passado. Superados os problemas físicos, Chandler mostra-se disposto a recuperar o tempo perdido, no entanto só o tempo dirá se conseguirá aguentar as exigências físicas da competição e se este regresso a Dallas não vem já um pouco tarde demais.