Mariana Fontes outro exemplo
 
Localização: HOME

Mariana Fontes outro exemplo

Enviar por E-mail Versão para impressão PDF
Avaliação: / 29
FracoBom 

Mariana FontesO excelente texto “Ser treinador” de Mário Gomes Diretor Técnico Nacional, partilhado nas redes sociais, e com inúmeros comentários,

por esse grande SENHOR do basquetebol nacional Mário Barros; associado às muitas reações que o artigo “O exemplo de Rui Nazário” teve, levaram-me a relatar mais um comportamento que deveria ser seguido por todos os treinadores de minibásquete.

Regresso a Paços de Ferreira, regresso à Festa do Minibásquete. Não, sem deixar de afirmar de novo a ideia, de que, quem olha para o que acontece em Paços de Ferreira, apenas como um “campeonato” em que a única coisa que importa são os resultados e a classificação, seja a que preço for, tem uma visão profundamente redutora, para não dizer mesmo distorcida do evento. Quem não percebe o valor formativo e educativo, o valor da aprendizagem para todos os intervenientes, praticantes, treinadores, árbitros e mesmo dirigentes e publico duma atividade formativa para crianças, não compreende o seu valor e a sua importância para o crescimento e desenvolvimento do basquetebol. Enfim, não compreende que a Festa do Minibásquete vai muito para além duma classificação, não compreende nada do que é essencial e desejável, que se passa em Paços de Ferreira.

Mas regressemos aos bons exemplos, aqueles que me agrada registar e realçar. Em Paços de Ferreira, penso que no jogo Leiria com o Alentejo, um jogo “rasgadinho”, equilibrado e muito emotivo, a Mariana Fontes, treinadora de Leiria, levantou-se e pediu aos pais dos minis da sua equipa, que deixassem de pressionar os árbitros. Outro exemplo, à semelhança do exemplo do Rui Pedro Nazário, que é de se tirar o chapéu.

Foi com grande satisfação que verifiquei que o artigo da semana passada tinha tido, quase 1600 visitas, 25 avaliações de muito bom, 15 partilhas no Facebook e comentários de reconhecimento à atitude do Rui Nazário, por parte dos companheiros, Pedro Martins, Humberto Gomes, Rui Resende e Hugo Martins.

Às vezes sinto que há quem pense serem poucas as pessoas, que verdadeiramente acreditam no valor formativo e educativo do minibásquete. Contudo, as reações que houve ao artigo da semana passada, levam-me felizmente a acreditar, que poderemos ainda não ser o que seria desejável, mas somos certamente muitos mais do que pensamos ser.


SER TREINADOR…

Sendo a primeira vez que participo neste espaço, o meu contributo não poderia deixar de ser dirigido especialmente (embora não só) aos Treinadores, particularmente aos mais jovens. Tenho consciência de que o faço num momento em que é particularmente difícil ser Treinador de Formação, pois os valores que dão sentido à prática desportiva formativa estão em contraciclo com os que predominam socialmente nestes tempos....

Assim, quero transmitir-vos a minha experiência pessoal de 50 anos de Minibasquete e Basquetebol (que não são, nem devem ser a mesma coisa…), como Jogador, Monitor e Treinador e dizer-vos que hoje é muito claro para mim que, de entre todas as minhas referências, ao longo de todos estes anos, as que mais me marcaram foram (e são) os Treinadores que tive a sorte de ter, enquanto praticante de Mini e de Basquetebol.

Porquê? Pelos valores que me transmitiram e pelo exemplo que constituíram! Há pouco tempo, numa entrevista à Revista da ANTB (“O Treinador”) disse e reafirmo-o aqui: estou-lhes grato para toda a vida e espero saber merecer tê-los tido como Treinadores! Todos eles (também) nos ensinaram (e muito bem) o jogo, mas fizeram muito mais do que isso: preocuparam-se em formar-nos para a vida e a cidadania.

É que Ser Treinador é muito mais do que treinar, no sentido restrito da palavra… e ser Treinador de Formação é, em primeiro lugar, educa. Logo, o mais importante são os valores que se transmitem e os exemplos que se dão. Não se deixem “cegar” pela competição, encarem-na como o que deve ser: mais um meio para formar os jovens! Os títulos de que os Treinadores de Formação se devem orgulhar são muito mais nobres do que campeonatos ou taças: que as crianças e jovens que hoje treinam gostem do jogo durante toda a vida e que se recordem de vós como alguém que os marcou positivamente através do seu exemplo.

Se assim vier a ser, podem e devem considerar-se Treinadores de sucesso!

Mário Gomes - Diretor Técnico Nacional

 

Comentários 

 
+8 #3 João Ribeiro 19-07-2016 23:23
Enaltecendo a conduta da Mariana no exemplo ilustrado pelo San Payo, apenas constatar que não foi uma situação particular, mas antes e simplesmente a Mariana. O que por si é um bom exemplo do que significa ter perfil adequado para desempenhar funções no desporto juvenil, particularmente no minibasquete. Se a isso juntarmos o perfil do Rui Pedro Nazário, estamos mais perto de conceber um manual de boas práticas.
Citar
 
 
+6 #2 José Cardoso 19-07-2016 15:45
Mariana, parabéns pelo exemplo! Grande.
Citar
 
 
+5 #1 João Lima 19-07-2016 15:29
Tive o privilégio de ter conhecido (em Paços de Ferreira) e trabalhado (Jamboree Melgaço) com a Mariana e claramente constatei pela sua maneira de ser e estar no trabalho com as crianças que é uma pessoa que tem todas as características para ser uma excelente treinadora de jovens.
Parabéns e até uma próxima oportunidade.
Citar
 
 


Facebook Fronte Page

Buscas no Planeta Basket

 
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária