Após o habitual interregno no mês de agosto da minha colaboração de mais de uma década no Planeta Basket, costumo no mês de setembro fazer sempre um balanço da participação e dos resultados das nossas seleções masculinas e femininas nos campeonatos europeus

dos escalões de Sub-20, Sub-18 e Sub.16.

Contudo desde há mais de uma década, que muito mais preocupado com as avaliações pontuais dos campeonatos realizados no ano corrente, estou mais atento à evolução ao longo dos anos da prestação global das nossas seleções.

Penso que essa avaliação global, muito mais do que os êxitos pontuais, que dependem, muito de gerações mais ou menos talentosas, dá uma perceção do valor global do nosso basquetebol da formação.

Fruto recorro sempre ao artigo do ano anterior para acrescentar os resultados da presente época.

Da leitura do quadro pode-se verificar que depois de vários anos em que tendencialmente vínhamos a melhorar, este ano marcamos passo. O melhor resultado global ocorreu em 2022.

Quando analisamos os resultados por seleção (Masculinos Sub16-27º, Sub18-23º, Sub-20 -23º Femininos Sub16-25º, Sub18-5º, Sub20-11º) temos de dar os parabéns ao extraordinário resultado da seleção de Sub-18 feminina que conseguiu o apuramento para o Campeonato do Mundo. Está de parabéns o companheiro e amigo Agostinho Pinto e toda a sua equipa e verificamos que os piores resultados foram obtidos pelas seleções mais jovens.

Contudo estas avaliações pontuais podem por vezes ser muito injustas e resultado de contingências pontuais. Por exemplo, a seleção das Sub-16 femininas só perdeu um jogo durante todo o campeonato e logo com a Roménia, que venceu a competição. Não fora o desastroso 3º quarto do jogo com a Roménia e o facto desta seleção inesperadamente na fase de grupos ter perdido com a Dinamarca o que nos atirou para a disputa do 9º da divisão B, se calhar até teríamos conseguido subir de divisão. Mas isto são apenas especulações.

Nos diversos comentários que fui lendo vi quem estivesse preocupado com o facto de os piores resultados terem sido obtidos pelas seleções dos Sub-16, que tem praticantes nos centros de treino. Contudo para mim os resultados dos centros de treino, que são normalmente a base das seleções mais jovens, não está tanto nos resultados dos campeonatos da europa, mas muito mais em saber quantos destes e destas jovens em que se investiu e passaram pelos centros de treino ficaram fidelizados à modalidade e jogam nas ligas masculinas e femininas, esse sim seria um estudo interessante.