É público que em termos de praticantes desportivos federados, um dos indicadores da formação desportiva, Portugal está na cauda da Europa.

É do conhecimento geral, que salvo raras excepções, a formação desportiva no nosso país está nas mãos do desporto federado através dos clubes. Também sabemos que, por um conjunto alargado de razões, as crianças são cada vez mais sedentárias e que a obesidade infantil é um fenómeno em crescimento na nossa sociedade. Temos conhecimento que já existem preocupações na procura de soluções para tentar resolver estes problemas, mas que implicam custos. Pensamos que, nomeadamente sobre o problema da obesidade, talvez estejam a actuar mais sobre o efeitos do que sobre as causas. Costumo dizer, mais do que se alimentarem com alimentos inapropriados, as crianças hoje em dia, não comem demais… mexem-se de menos.
 
Dificilmente, se não mesmo impossível, as mesmas soluções, ou ausência delas, conduzirão à resolução destes problemas. Vem todas estas breves reflexões e constatações a propósito de uma ideia que me passou pela cabeça ao ler o “Boletim electrónico das Cidades Amigas da Infância – do Comité Espanhol da UNICEF”. Por um conjunto de argumentos já evocados em artigos anteriores, sei que o movimento do minibásquete pode e deve-se afirmar como uma actividade amiga da criança.
 
Como o universo do basquetebol tem a tradição de ser uma modalidade pioneira em muitos desenvolvimentos da actividade desportiva, deixei-me sonhar: - Será que um caminho, uma forma que pudesse contribuir para a solução dos problemas acima identificados poderia passar por um programa com critérios bem definidos, apoiado pelo estado e empresas, das “Federações Amigas da Infância?”