Frederico Maia tem 22 anos, árbitro desde 2007 na Associação Basquetebol do Porto. Decidiu dedicar parte do seu tempo ao apito por influência do seu irmão, pois nunca esteve ligado à modalidade de outra maneira.
Bem conhecido no seio da arbitragem pela sua excelente camaradagem e enorme espírito de humor. Ao Frederico as maiores felicidades!
Estiveste ligado de alguma outra forma à modalidade antes de te dedicares à arbitragem? Jogaste basquetebol e onde?
Não. Nunca joguei basket em nenhum clube.
Porque te decidiste tornar arbitro? Quais foram os principais motivos?
Sempre gostei de ver o meu pai e o meu irmão apitar, pensei que um dia pudesse ser como eles e acabei por tirar o curso de árbitros no porto em Outubro de 2007.
Alguém te influenciou a enfrentares este desafio da arbitragem?
Sim, o meu irmão, numa mera brincadeira perguntou-me se eu queria ser árbitro. E eu perguntei porque “não”?
Para ti, quais são as qualidades que um jovem arbitro deve ter para ser bem sucedido?
Para sermos bem sucedidos é necessário termos: Humildade, imagem, espírito de sacrifício, dedicação e postura! Foram estes os cinco aspectos que me disseram que tinha de seguir para poder ir longe na arbitragem.
Quais são os teus objectivos para esta “profissão” a longo prazo?
Poder chegar ao mais alto nível. Seguindo as pegadas do meu pai e irmão.
Fazes algum tipo de análise após os jogos que apitas?
Claro, é um dos principais factores que todos os árbitros devem de ter em conta, analisar o que foi bom e mau para o jogo! Assim podemos evoluir jogo após jogo.
As tuas simpatias ou antipatias com pessoas que estão em campo, influenciam o teu trabalho?
Penso que não.
O momento da tomada de decisão é instantâneo. Alguma vez sentiste que erraste, logo após ter apitado?
Claro que já. Errar é humano, e é isso que também nos faz aprender, é nisso que penso quando erro.
Como se sente um árbitro perante uma situação de dúvida, sobre um eventual erro que tenha cometido?
Penso que a sua auto-estima desce um pouco, é natural que aconteça pois só queremos que aquele momento passe depressa.
Como lidas com situações de pais ou adeptos malcriados?
Encaro isso como um factor de motivação. Mas o que seria do basquetebol sem isso? A modalidade perderia adeptos e isso nunca é bem-vindo.
Qual foi o jogo mais difícil que apitaste?
Aveiro - Setúbal nas festas do basquetebol de Portimão de 2009 em que o jogo teve dois prolongamentos e foi decidido nos últimos dez segundos com um triplo. Foi espectacular apitar esse jogo com uma bancada cheia.
Qual foi até hoje, o momento mais feliz da tua carreira, enquanto arbitro? E o mais infeliz?
O momento mais feliz foi no meu 2 ano de arbitragem apitar a final de uma fase final regional, com o Nuno Monteiro, fiquei surpreendido porque nunca tinha tido um jogo com a bancada cheia de espectadores. Infeliz não tenho nenhum momento que me recorde.
Para ti onde está o potencial de um árbitro?
No meu ponto de vista está na Humildade! E vontade de vencer!
Na tua opinião, qual é o nível do arbitragem portuguesa?
Tem vindo aumentar ao longo dos anos e isso vê-se na arbitragem fora de Portugal com as nomeações da FIBA a árbitros portugueses.
Os árbitros também "jogam" em equipa. Há algum colega com quem tenhas particular apreço em fazer dupla?
Sim, o Pedro Maia, é umas pessoas que me realmente motiva a continuar na arbitragem e acredita no meu talento.
Quais são os teus ídolos portugueses?
Pedro Maia, Nuno Monteiro, Paulo Marques, Luís Lopes e Fernando Rocha.
Tens alguma referência a nível da arbitragem estrangeira?
Não.
O que é que pensas do site Planeta Basket?
Um grande meio para divulgar a modalidade! Parabéns!
O que pode ser melhorado na página dos árbitros?
Divulgação de vídeos sobre técnica de arbitragem.
Comentários