D.O.E. Significado e importância
 
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D.O.E. Significado e importância

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D.O.E. - Significado e importância para os jogadores e para o jogoNeste nosso "novo regresso" ao Planeta Basket, havíamos inicialmente anunciado que nos iríamos balizar em três âncoras de grande significado, que nos permitissem de forma sustentada, coerente,

responsável e responsabilizante, cumprir a exigente e difícil tarefa de nos podermos constituir em navegadores com bússola!

Como 'ponto de ordem', qual 'declaração de interesses', nesta difícil cruzada, no tabuleiro da obtenção da melhoria do nível técnico dos praticantes e da qualidade da prática do jogo, afirmamo-nos com a experiência e (mais) algum conhecimento adquirido, como resultante de: 52 anos como treinador, a juntar a 23 anos 'no terreno' (onde tudo acontece e se resolve), primeiro como elemento integrante da RNCZF (Rede Nacional de Coordenadores Zonais de Formação) - Região do Algarve -, depois, e com muito mais antiguidade temporal, enquanto formador da FPB e, desde 1999 a esta parte, atualmente como coordenador de estágio - graus I e II e tutor de grau III -, seja-nos permitido expressar algumas opiniões sobre o 'diagnóstico' e eventual 'prescrição de tratamento' sobre o que vai ou não acontecendo no 'teatro de operações' (leia-se 'no terreno', como acima expressamos).

Levaremos sempre em consideração, com espírito de humildade e servindo uma causa, que não nos iremos apegar à nossa opinião apenas por ser a nossa, não, a exemplo do que deixamos clara indicação em entrevista, em tempos concedida ao PB - 28 de Janeiro de 2014 -,hoje por hoje, e valendo o que vale, com mais de 15.500 visitas, procuraremos, isso sim, suscitar a crítica, a dúvida e o comentário, para, como dizíamos na altura, os outros companheiros poderem "ir a jogo" e "marcarem presença", no sentido de valorizarem a 'coisa'... da 'prática basquetebolística', enquanto mais completo desporto de equipa!

Eram as seguintes as três âncoras que inicialmente definimos:

  • Desenvolvimento do nível técnico dos jogadores, tendo em atenção a construção do edifício-atleta (a ser tratada oportunamente) e da qualidade da prática do jogo;
  • Desenvolvimento de curtos 'ensaios' sobre a D.O.E. (Direção e Orientação de Equipa), enquanto processo psicopedagógico de condução de equipa;
  • Interligação do Desporto (basquetebol em particular) com a Vida (eticamente percorrida), tendo como (grande) referência a ideia-pensamento de mestre - porque sábio - António Damásio, e citamos: "Antes de chegar ao saber é preciso percorrer o caminho do ser e do sentir.

A que, depois, para completar, digamos, o 'cinco' inicial, 'convocamos' mais duas ideias-pensamento de dois outros mestres - porque sábios! -, ficando um dos lugares a pertencer a Manuel Sérgio:

- O ser humano faz-se fazendo-se e, ao fazer-se, joga com os afetos, principalmente com os afetos. O que é o homem sem afetos? Ou frio,  distante, insensível? Ocorro-me o Fernando Pessoa: "Uma besta sadia, um cadáver adiado que procria;

E, a completar a 'equipa', atravessando o Atlântico, vindo das terras de tio Sam, onde tudo começou e onde, o mais completo desporto de equipa: o basquetebol, nasceu, ocupando preferencialmente o lugar de 'playmaker', o outro mestre - porque sábio! - John Wooden:

- "O talento é um dom de Deus, seja grato; a fama é um dom dos homens, seja humilde; a presunção é um dom de si próprio, seja cuidadoso".

Apresentado o 'melhor cinco', no arranque deste "novo regresso", vamos, então, com 'mãos à obra', estilo 'bola ao ar', iniciar com:

D.O.E. - Significado e importância para os jogadores e para o jogo

Como ponto de partida, comecemos por referir que, por circunstâncias várias, a que, em parte, a Covid-19 não é alheia, ainda não conseguimos oportunidade  para 'registar a patente'... desta sigla, que nos é particularmente querida, na medida em que o estudo e alguma investigação a que nos temos submetido, de há algumas épocas a esta parte, nos tem vindo a conduzir a um 'estado de alma' e de permanente alerta sobre as incidências da liderança, e no que à destrinça se deve saber fazer entre, enquadrada nesse 'processo' se e quando ''  existe 'espírito de grupo' ou, porque mais exigente e com resultados com outro grau de superior intervenção, 'já' se encontra instalado um responsável e responsabilizante verdadeiro 'espírito de equipa'.

E, confessamos, a tal estado de um certo impasse, imposto a nós próprio, não é, de todo (!), alheia a sublime (!) - assim a podemos classificar - ideia-pensamento de mestre António Damásio, e recordemo-la: "Antes de chegar ao saber, é preciso percorrer o caminho do ser e do sentir".

Mas, sempre poderemos adiantar, naquilo a que designamos de curtos 'ensaios' - é mesmo isso! -, que D.O.E. (Direção e Orientação de Equipa) é um processo, psicopedagógico que, para os menos avisados, não tem a ver com adequar e/ou solucionar qualquer situação de momento ou perante qualquer eventualidade circunstancial, antes e sempre com o desenvolvimento de uma atividade comunicacional do líder/treinador para com os jogadores, respeitando a personalidade de cada um deles, tratando-os com os mesmos direitos e responsabilidades, para, em respeito para com as regras estabelecidas, com o planeamento operado, com os outros intervenientes no jogo e com a arbitragem, se ser capaz de levar a equipa - cá está ! - e não tão 'só' o grupo à vitória !

'Conversados' sobre o significado, que dizer da importância para os jogadores e para o jogo? 'Branco é galinha o põe'..., apelando para a infinita sabedoria popular, mas será assim tão simples, tão linear, a ponto de já termos entendido? Que missão, neste cenário, neste 'teatro de operações' estará, então, cometida ao treinador : cultivar as emoções, advindas, como consequência, do pensamento, face ao comportamento que nos deve nortear, no ajustar da agulha da bússola para, visando o objetivo de que a pessoa - ser humano ! - de fora se possa vir a configurar por dentro, de forma edificante, alcançando o objetivo de, só assim, poder fazer parte integrante daquilo que representa a D.O.E, e alcançar a escalada difícil e íngreme do espírito de equipa? Ficará para absorver, interiorizar e, se considerada útil, tendo na memória mestre - porque sábio! - António Damásio, aplicá-la 'no terreno'.

Restar-nos-á, por agora, neste curto 'ensaio' referenciarmos, para irmos consolidando a necessidade de voltarmos ao tema, algo que deixamos expresso num artigo publicado no PB, e, 10 de Maio de 2013, - hoje com mais de 6.500 visitas - a que demos o título de "Conhecer e praticar o jogo", relacionado com três ideias-pensamento; a primeira de Jean Jacques Rousseau: "A Natureza ordenou que os jovens sejam jovens antes de serem adultos, se pretendemos alterar esta ordem produziremos só frutos verdes sem sumo"; a segunda de Stephen Hawking : "O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento"; e a terceira, legada por o 'maior de todos nós, treinadores', prof. Teotónio Lima : "Um dos aspetos que mais deve cuidar o treinador é a de constante intercâmbio de opiniões com outros treinadores de maior experiência para assim poder desenvolver e aumentar os seus conhecimentos".

Para ter sucesso no seu percurso, numa atividade tão apaixonante, por vezes, quanto desgastante, por outras, o treinador deverá saber - saber?...- o que sabe. E, sejamos claros e não menos objetivos, ao treinador está cometida, em última e comprometida análise, a tarefa sobre a evolução do praticante, capaz de incentivar a sua criatividade - de importância suprema! -, dar-lhe espaço para errar e poder, então, refletir sobre os erros que cometeu, que possibilite melhorar as suas competências na via de um assertivo e profícuo percurso de um aprender a fazer, fazendo. Diríamos mesmo que enquanto condição primeira para se almejar, com sucesso, a íngreme e desafiante escalada do talento à excelência!

Já em terra firme, com os pés fora da 'embarcação', ainda que com a agulha da 'bússola' sempre bem orientada - para não nos virmos a constituir em navegadores sem ... bússola! -  Uma última referência ao nosso maior, de todos nós, treinadores, para 'escutar' uma sua sublime (!) mensagem: "Quando quiseres deixar de aprender, deves deixar de ensinar".

E, numa última partícula deste curto 'ensaio, uma palavra aos dirigentes, enquanto responsáveis pela gestão dos seus clubes e também envolvidos na D.O.E., no que designamos por outros intervenientes no jogo, será que tomaram bem 'o pulso', a quando da contratação e recrutamento? Houve eventual recuo nos objetivos dimensionados à partida, e de quais as causas e que efeitos produziram? Asseguraram-se do CV - a qualificação, por vezes, vale o que vale, se não se constatar ser... insuficiente -, do percurso, da experiência 'no terreno' (onde tudo acontece e se resolve), dos conhecimentos e se possuidor de eventual 'carta de referência' de alguém com suficiente sabedoria? As evidências acabarão por falar por si. Pena, se da motivação à frustração que, vezes quantas, dista... um pequeno passo, possa vir a afetar os elementos fundamentais e mais importantes do jogo: os atletas.

Regressaremos a 12 de fevereiro próximo - e sempre a este dia, de cada mês -; levantando um pouco a 'ponta do véu', como preito de homenagem a um grande companheiro (que jogou sempre com o nº 12) e amigo, que, de forma decisiva, nos influenciou e ajudou neste já um pouco longo percurso de 'navegador', tripulante de uma causa nobre e nobilitante, como é a do mais completo de equipa, e não nos cansamos de o manifestar: o basquetebol!

"Construção do edifício-atleta", constituirá o desafio e o estímulo para voltar ao vosso convívio. Procuraremos dar, não o 'nosso melhor', vezes quantas repleto de subjetividade, antes aquilo que o objetivo e o compromisso vierem a determinar, na exata medida em que: o programa (planeamento) exige, o treinador indica e o atleta cumpre!

Tão simples, mas difícil de levar á prática, quanto isso.

Até lá, com um abraço fraterno.

 

Comentários 

 
0 #1 Afonso Calé Marques 29-01-2022 09:37
Bravo, Sr. Humberto. Um forte abraço!
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